Saber
o Significado do Nosso Batismo
Cap. 6:3 – O fato de Paulo nos
dizer que precisamos saber certas coisas relacionadas à nossa libertação mostra
que o conhecimento tem um lugar nisso. Há
três coisas em particular que precisamos “saber”. Primeiramente, todo crente precisa saber o significado do
seu batismo. Paulo pergunta: “Ou não
sabeis que todos quantos fomos batizados em [para – JND] Jesus Cristo
fomos batizados na [para – JND] Sua morte?”. Ele apela para a
ordenança do batismo porque ela significa a identificação do Cristão com a
morte e sepultamento de Cristo. Paulo não está falando aqui da forma ou modo de
nosso batismo. Ele está falando de seu
significado. Ele está dizendo: “Você professou, pelo ato de ser batizado, que
você morreu com Cristo. E, visto que a morte de Cristo O separou do pecado,
então você também está separado do pecado! Continuar nesse estado, portanto,
seria uma negação prática do que você professa em seu batismo! É totalmente
inconsistente com a posição que você adotou, porque não podemos dizer que
estamos mortos para alguma coisa e ao mesmo tempo vivermos nela”.
Note que a KJV (e as em português
também) diz que os crentes foram “batizados
em Jesus Cristo”, mas deveria ser traduzido como “batizado para Cristo Jesus”. “Para” indica uma vital conexão com
Cristo em vida em nossa nova posição diante de Deus, na qual a justificação nos
coloca. O batismo não pode fazer isso. Se pudesse, então o batismo poderia tornar
alguém adequado ao céu. A verdade é: sendo justificados, temos um novo lugar no céu diante de Deus “em Cristo” e ao sermos batizados,
temos um novo lugar na Terra entre os
homens, como sendo “para Cristo”. “Para” significa identificação, e esse
é o ponto de Paulo aqui – estamos identificados com Cristo em Sua morte.
Cap. 6:4-5 – Paulo menciona outra
coisa que o batismo significa – sepultamento. O sepultamento tem a ver com uma
pessoa morta sendo tirada de vista. Portanto, no batismo, não apenas “morremos com Cristo” (v. 8), mas
também fomos “sepultados com Ele”
(v. 4). Ao estarmos mortos com Cristo, professamos ter rompido nossas conexões
com Adão e com o pecado. Mas, sendo sepultados com Cristo, professamos ter
deixado para trás toda aquela ordem de vida em que o mundo vive e onde o pecado
reina. Hamilton Smith disse: “O batismo é uma figura de morte e sepultamento. É
evidente que um homem morto terminou a vida de vontade própria em que uma vez
viveu, e um homem sepultado saiu da vista do mundo em que uma vez viveu”.
Portanto, o batismo é o modo formal de renunciarmos à nossa conexão com a
antiga posição e estado de Adão. Não faz, no entanto, uma pessoa mais santa.
Conta-se que havia um homem que foi salvo e batizado e depois perdeu o contato
com o homem que o batizou. Algum tempo
depois, eles se encontraram e ele disse: “Fiquei totalmente desapontado com meu
batismo; achei que não pecaria mais”. O outro homem disse: “Bem, se eu soubesse
que era isso que você esperava do batismo, eu deveria tê-lo segurado por mais
tempo debaixo d’água quando te batizei!”
Paulo continua falando sobre a
ressurreição de Cristo, declarando que, como Cristo vive em vida ressurreta, “andemos nós também em novidade de vida.
Porque, se fomos plantados [identificados
– JND] juntamente com Ele na semelhança
da Sua morte, também o seremos na da Sua ressurreição”. Isso significa que
Deus abriu uma nova esfera de vida na ressurreição de Cristo, onde Ele e os
membros de Sua raça devem “andar” em
“novidade de vida”. F. B. Hole disse
corretamente: “Nossa morte com Cristo é em vista de vivermos com Ele na vida do
mundo em ressurreição”. Paulo dirá mais sobre isso nos versículos 8-10. (Nota:
a epístola aos Romanos não vai tão longe a ponto de ver o crente como
presentemente identificado com Cristo em ressurreição. Efésios e Colossenses
nos veem em terreno mais elevado como ressuscitados com Cristo e em união com
Ele – Ef 2:5-6; Cl 2:12-13).
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