A
Transferência do Crente Posicionalmente – de Adão a Cristo
Cap. 5:18-19 – Nos versículos
finais do capítulo, Paulo mostra que os crentes foram transferidos da cabeça e
da raça de Adão para a Cabeça e raça de Cristo. Tendo feito alguns contrastes, ele agora se volta para
fazer algumas comparações entre os
dois usando as palavras “assim” ou “assim também”.
Ele diz, como “uma só ofensa” de Adão teve seu efeito “para todos os homens para condenação” (JND), “assim” também “um
só” ato de “justiça” de Cristo
foi estendido “para todos os homens para
justificação de vida” (JND). Existem dois “todos” aqui. Ao contrário dos dois “muitos” no versículo 15, que estavam contrastando as duas raças de
homens, esses dois “todos”
referem-se às mesmas pessoas – a raça humana inteira. O ato de Adão trouxe algo
“para todos os homens” (JND) e assim
também o ato de Cristo.
A KJV infelizmente traduz este
versículo como se o dom gratuito da justiça tivesse chegado “sobre todos os homens”, e isso levou
alguns a crerem que todos os homens serão salvos no final. (Rm 11:32 e 1 Co
15:22 também são usados para ensinar esse erro). Essa doutrina errônea é
chamada de Universalismo. No entanto, essa frase deve ser traduzida como “para todos os homens”, o que significa
que ela foi disponibilizada a todos, mas não necessariamente alcançada por
todos.
O “um só” ato de “justiça”
de que Paulo fala aqui se refere a toda à vida e morte de Cristo como um ato
contínuo de obediência. A. H. Rule disse, “Todos os atos, palavras e
pensamentos do princípio ao fim foram obediência, de modo que toda a Sua vida e
morte são encaradas como um ato contínuo de obediência”. (Selected Ministry of A. H. Rule, vol. 1, pág. 138) Este ato de
Cristo para com a raça humana é “para
justificação de vida” àqueles que creem. Este termo (justificação de vida)
refere-se aos crentes sendo colocados em uma nova posição diante de Deus, onde
Ele não os vê mais como pecadores, mas também como tendo uma nova vida que não
pecou e não pode pecar.
Ele diz: “pela desobediência de um só homem” muitos foram “feitos pecadores, assim [também] pela obediência de um muitos serão feitos [constituídos] justos” (v. 19). Estudiosos nos dizem
que “feitos [constituídos]” é uma termo jurídico que transmite a
ideia de alguém sendo nomeado. Portanto, ao serem “constituídos justos”, aqueles que creem não se tornam instantaneamente
justos em um sentido prático, mas sim que Deus os designa como justos ao
colocá-los na raça de Cristo sob a Cabeça de Cristo. (No grego, o verbo “constituído” é usado no tempo verbal
futuro para indicar que inclui na raça todas as gerações futuras de crentes)
Assim, pelo único ato de obediência de Cristo, os crentes foram transferidos da
cabeça de Adão para a de Cristo. Isso significa que as bênçãos acima
mencionadas relacionadas à nova raça de Cristo são concedidas aos crentes.
Cap. 5:20 – Paulo então
explica que a Lei foi introduzida para revelar o pecado como sendo extremamente
mau. Aqueles sob a Lei que falharam em guardá-la podem ser justamente acusados
das transgressões ali definidas, porque tiveram mandamentos específicos de
Deus na Lei declarando o que deviam e não deviam fazer. Como resultado, “eles traspassaram o concerto, como Adão”
(Os 6:7). Além disso, tanto a “ofensa”
quanto a “graça” abundaram em direções opostas – com a
graça abundando “muito mais”. Assim,
a entrada do pecado no mundo tornou-se uma oportunidade para Deus magnificar
Sua graça, elevando-a acima de tudo.
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