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O SENHOR ESCOLHEU TER MISERICÓRDIA DE ISRAEL QUANDO ELES SE VOLTARAM À
IDOLATRIA (Cap. 9:14-16)
A pessoa que argumenta sobre a
soberania divina dirá: “Se houver realmente apenas dois resultados na escolha –
ser abençoado ou condenado – ir em frente e eleger um e não o outro,
necessariamente condena quem não foi escolhido! Como isso pode ser justo?” O
mesmo cético dirá, “Se tudo foi resolvido antes do tempo, então não há nada que
alguém possa fazer sobre isso, e se isso for verdade, então Deus é injusto por
condenar as pessoas, porque não é culpa delas não terem sido escolhidas!”
Paulo previu que as pessoas se oporiam
ao princípio da soberania divina e responde dizendo: “Que diremos pois? que há
injustiça da parte de Deus?” Ele responde sua própria pergunta: “De modo nenhum [longe seja o pensamento
– JND]”. Paulo prossegue defendendo
a soberania de Deus, mas não como alguns teólogos Cristãos que tentam
reconciliar a soberania de Deus com a responsabilidade do homem, fundindo-as em
apenas uma coisa. Eles dirão que Deus, por Sua presciência, sabia quem iria
acreditar e quem não iria, e escolheu aqueles que acreditariam. Esta é a
essência das ideias equivocadas do Arminianismo, que enfatiza a
responsabilidade do homem na salvação, excluindo a soberania de Deus.
Paulo cita um exemplo da soberania de Deus
a partir do caso da idolatria de Israel – a adoração do bezerro de ouro (Êx
32). Quando as pessoas pecaram contra Deus nesta questão, Deus disse a Moisés: “Compadecer-Me-ei de quem Me compadecer, e
terei misericórdia de quem Eu tiver misericórdia”. Se Deus tivesse tratado
Israel de acordo apenas com o justo merecimento da justiça divina, dando-lhes o
que lhes era devido, Ele teria destruído toda a nação! Mas, o fato de que Deus
escolheu não julgar a nação, mostra que Ele soberanamente escolheu ter misericórdia
deles. Os judeus dificilmente poderiam ousar argumentar sobre a soberania de
Deus nesta ocasião, pois se essa não tivesse sido exercida favoravelmente em
relação a eles, eles teriam sido exterminados! Se os judeus quisessem acusar a
Deus de injustiça, eles estariam admitindo que deveriam ser condenados! E se
todos os homens merecem ser condenados, então ninguém pode, corretamente,
acusar Deus de injustiça se Ele não mostrar misericórdia para com alguns.
Paulo, portanto, conclui: “Assim, pois,
isto não depende do que quer, nem do que corre, mas de Deus, que Se compadece [que usa de misericórdia – ATB]”. Se Deus escolhe ter misericórdia de
alguns, ninguém pode achar isso errado.
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