A
SEGURANÇA DO CRENTE NO PODER E NO AMOR DE DEUS
Cap. 8:31-39 – Como um coroar
de tudo o que foi exposto sobre a declaração da justiça de Deus no evangelho,
Paulo mostra que, enquanto estamos a caminho de sermos glorificados, somos
divinamente preservados e cuidados ao longo do caminho. Sete questões são
levantadas quanto à nossa segurança, e do amor do Senhor por trás de todas as
Suas relações atuais conosco nas provações e tribulações pelas quais passamos.
Desde que nada O deteve para nos salvar – nem mesmo poupando o Seu próprio
Filho – Ele vai assegurar que alcancemos tudo o Ele propôs para nós.
A configuração do tribunal que Paulo
usou nos capítulos 1 a 3 é vista aqui novamente. Só que agora uma mudança
notável aconteceu. O acusado, que uma vez ficou no lugar de um pecador culpado,
é visto agora justificado. Ele está em pé diante do banco de réu e uma chamada
é feita para que qualquer acusador se apresente. Mas não há nenhum! Como
poderia haver? Se Deus justificou o ímpio, nenhuma acusação pode ser justamente
trazida contra ele.
A primeira pergunta de Paulo é: “Que diremos pois a estas coisas?” Alguém pode encontrar
erro neste grande plano de salvação? Deus mostrou-Se justo, correto e amoroso
em todos os Seus movimentos para assegurar a salvação e a bênção para o homem.
A segunda pergunta é: “Se Deus é por nós, quem será contra nós?” Note que Paulo
não diz: “O que será contra nós?”,
Mas “Quem será contra nós”. Ele
repete isso várias vezes ao longo destas questões, indicando que não é a
criação gemendo que está em vista aqui, mas as forças do mal ordenadas pelo
diabo. Há algum homem ou demônio que possa impedir que Deus realize o que Ele
propôs para a bênção dos homens? A resposta é que se Deus (que é um trilhão de
vezes maior do que qualquer criatura no universo) é “por nós”, então não há ninguém que possa impedir o Seu plano! (1
Jo 4:4) Jó disse: “Bem sei eu que tudo
podes, e nenhum dos Teus pensamentos pode ser impedido” (Jó 42:2).
A terceira pergunta é: “Aqu’Ele que nem mesmo a Seu próprio Filho
poupou, antes O entregou por todos nós, como nos não dará também com Ele todas as coisas?” Se Deus foi tão
longe para nos abençoar – até mesmo a
ponto de não poupar o Seu próprio Filho – podemos ter certeza de que Ele virá
com a nossa libertação final e nos dará “todas
as coisas”, que será quando Cristo tomar a herança, em Sua Aparição (Ef
1:14).
A quarta pergunta é: “Quem intentará acusação contra os
escolhidos de Deus? É Deus Quem os justifica”. Ninguém pode trazer uma
acusação de pecado contra nós porque fomos justificados pelo Próprio Deus. Deus
nos tirou do lugar de um pecador e nos colocou em uma nova posição em Cristo com
uma nova vida que não pecou, nem pode pecar. Assim, nenhuma acusação justa
pode ser feita contra nós!
A quinta questão é: “Quem os condenará? Pois é Cristo Quem morreu, ou antes Quem ressuscitou
dentre os mortos, o Qual está à direita de Deus?”. Esta questão é uma
citação de Isaías 50:9, onde Cristo é visto como tendo completado a obra da
expiação e Deus O tendo levantado à Sua destra. Ele é visto desafiando Seus
inimigos (particularmente o acusador dos irmãos, Satanás – Ap 12:10) a
encontrarem qualquer coisa com a qual pudessem condená-Lo, visto que Deus O
justificou em tudo o que Ele realizou ao fazer expiação. Paulo aplica isso a
nós. Ele mostra que, uma vez que estamos “em
Cristo” – que é estar no lugar de Cristo diante de Deus – nenhuma
condenação pode ser levantada contra nós! A condenação deve primeiro alcançar a
Cristo antes que possa nos alcançar. Esta é uma graça maravilhosa, de fato!
O
que, porém, o acusador ruge
De
males que eu fiz!
Eu
os conheço bem e milhares mais:
Jeová
não encontra nenhum!
L.F. # 12 App.
Paulo acrescenta: “e também intercede por nós”. Cristo está agora no alto
intercedendo por nós, pois os ataques do inimigo de nossas almas
inevitavelmente virão contra nós. Vez que os ataques contra nossa segurança em
Cristo seriam em vão, Satanás mira seus ataques ao nosso estado de alma e nossa
comunhão com Deus. Mas Paulo mostra que temos a Cristo como nosso intercessor,
que cuida em nos manter em comunhão com Deus, apesar desses ataques. Esta é uma
referência ao trabalho atual de Cristo como nosso Sumo Sacerdote e nosso
Advogado.
A sexta questão é: “Quem nos separará do amor de Cristo?” Paulo pergunta novamente se
existe alguma força poderosa o suficiente para fazer com que o amor de Cristo
se aparte de nós. Note que ele não diz: “Quem nos separará de gozar do amor de Cristo?” É triste dizer
que há muito neste mundo que pode nos separar do gozo do amor de Cristo, e assim,
há muitos Cristãos que não estão desfrutando de Seu amor. Isso mostra que o
amor de Cristo por nós é uma coisa e desfrutar desse amor é outra. No entanto,
com a provisão que Deus fez para nós no caminho da fé, não há razão para não
estarmos vivendo no constante gozo de Seu amor (2 Pd 1:3).
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