O
Princípio da Soberana Eleição da Graça Aplicado aos Gentios
Cap. 9:23-26 – Paulo então mostra que o
princípio da eleição soberana aplica-se tanto aos gentios quanto a Israel. Ele
diz que “os vasos de misericórdia”
(crentes) “que para glória já dantes preparou, Os quais somos nós, a quem também chamou, não
só dentre os judeus, mas também dentre os gentios?”. Assim, todas as
bênçãos, seja para judeus ou gentios, repousa sobre a soberania de Deus.
Ele cita Oséias 1:10 e 2:23 para mostrar
que Deus voltará a dedicar-Se com Israel num dia vindouro. Eles estão
atualmente numa posição de não serem Seu povo – estando escrito sobre eles “Lo-ami” (“não Meu povo”). Mas então,
em graça soberana, Ele os tornará Seu povo novamente. Sua atual posição de não
ser o Seu povo é idêntica à posição em que os gentios estão. O raciocínio de
Paulo é que, se Deus pode tratar dessa maneira com Israel, então Ele também
pode fazê-lo com os gentios.
Cap. 9:27-29 – Paulo então cita o
profeta Isaías para enfatizar o que já ensinou nos versículos 6-8 – que esse
ato de graça para com Israel não
incluirá todo israelita de descendência natural. A massa da nação se mostrará
infiel e será julgada por Deus, mas “o
remanescente” será salvo. Ele diz: “Ainda
que o número dos filhos d'Israel seja como a areia do mar, (por
descendência natural) o remanescente
é que será salvo” (Is 10:22). E novamente: “Se o Senhor dos Exércitos nos não deixara descendência [um remanescente muito pequeno –
KJV], teríamos sido feitos como Sodoma,
e seríamos semelhantes a Gomorra” (Is 1:9). Aqueles que comporão este
remanescente terão fé e, consequentemente, receberão o Senhor e serão
abençoados de acordo com as promessas feitas a Abraão, Isaque e Jacó. Estes
formarão o núcleo da nação no milênio.
Vs. 30-33 – Paulo então conclui
afirmando que os gentios que “não
buscavam a justiça” alcançaram “a justiça que é pela fé [pelo princípio de fé – JND]”. Por outro lado, Israel, que buscava “a lei” para a “justiça”, não a alcançou porque a buscava pelas “obras da lei” e não pela fé.
Paulo pergunta: “Por quê?” Ele responde a sua pergunta, afirmando “Porque não foi pela fé”. Os judeus
(nacionalmente) perderam a bênção porque entenderam mal o propósito da lei.
Eles pensaram que era uma escada na qual alguém subia para alcançar a justiça,
e tentaram estabelecer sua própria justiça, guardando a Lei, e como resultado,
ficaram cegos quanto ao seu verdadeiro estado. E a principal prova de seu
estado de cegueira é que eles “tropeçaram
na pedra de tropeço” – Cristo. Eles O rejeitaram!
Paulo cita Isaías 28 para mostrar que
enquanto a nação como um todo tropeçava na “pedra
de tropeço, e uma rocha de escândalo”, Deus operou soberanamente e alguns
neste tempo presente (um remanescente) creram no evangelho. Ao dizer: “todo aquele que crer”, Paulo aponta
para o fato de que existe responsabilidade humana em receber a bênção – uma
pessoa, seja judeu ou gentio, deve crer. Isso age como um seguimento (conector)
para o assunto no próximo capítulo, que tem a ver com a responsabilidade do
homem.
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