terça-feira, 23 de outubro de 2018

A GLÓRIA VINDOURA E A LIBERTAÇÃO QUE ELA TRAZ


A GLÓRIA VINDOURA E A LIBERTAÇÃO QUE ELA TRAZ

Cap. 8:18-30 – Como esse aspecto final da libertação tem a ver com eventos futuros, para entendê-lo apropriadamente, precisamos ter algum conhecimento dessas coisas. As Escrituras proféticas indicam que a vinda do Senhor tem duas fases. Primeiro, Ele virá para chamar todos os Cristãos da Terra – levando-os para o céu (Jo 14:2-3; 1 Ts 1:10; 4:15-18). Os instrutores bíblicos chamam isso de Rapto – um equivalente em latim a “arrebatamento” (At 8:39; 2 Co 12:2-4; 1 Ts 4:17; Ap 12:5). Então, haverá um tempo terrível de problemas na Terra chamado a Tribulação (Mt 24:21; 2 Ts 2:2-4; Ap 3:10), que será um período de cerca de sete anos (Dn 9:27). Depois disso, a segunda fase da vinda do Senhor ocorrerá (a Aparição) quando Ele virá do céu com Seus santos para julgar o mundo e estabelecer Seu reino milenar (Mt 24:29-30; 1 Ts 3:13, 4:14; 2 Ts 1:7-10, 2:8; Jd 14-15). Mencionamos isto porque certas partes da libertação vindoura ocorrerão no Arrebatamento e outras, na Aparição. Por exemplo, o Cristão obterá sua libertação da presença do pecado no Arrebatamento ao ser glorificado naquele momento (1 Co 15:51-56; Fp 3:20-21). A criação, no entanto, deve esperar pela Aparição de Cristo antes de ser libertada. Naquele momento será dada a libertação dos efeitos do pecado – “da servidão da corrupção”.
Cap. 8:18 – Paulo terminou a seção anterior falando de Cristãos como “herdeiros” e “co-herdeiros” com Cristo. Como tal, estamos esperando que Ele venha e tome posse de nossa herança em Sua gloriosa Aparição, quando então reinaremos com Ele sobre a herança no reino. Nesta seção, Paulo retoma de onde parou na seção anterior, mencionando “as aflições deste tempo presente”. Isso é algo que todos nós devemos enfrentar enquanto esperamos a libertação vindoura. Como mencionado anteriormente, nossos sofrimentos vêm de duas direções: de estarmos conectados à criação que está sob a escravidão da corrupção, e de nosso testemunho por Cristo em forma de testemunho. Esses sofrimentos são normais ao Cristianismo.
Como o sofrimento é inevitável, Paulo continua nos dando as razões pelas quais poderemos suportá-lo. Ele diz: “Porque para mim tenho por certo que as aflições deste tempo presente não são para comparar com a glória que em nós há de ser revelada”. Assim, devemos pesar os sofrimentos presentes que experimentamos neste “poucochinho de tempo” em que estamos aqui na Terra (Hb 10:37) em relação à glória eterna que nos será revelada. Se “considerarmos” apropriadamente, como Paulo faz aqui, perceberemos que o que experimentamos aqui na Terra é apenas temporário e, em comparação com o que teremos, vale à pena, mesmo que fosse mil vezes mais difícil. Portanto, na medida em que mantivermos os olhos fixos na “glória que em nós há de ser revelada”, seremos capazes de suportar os sofrimentos deste tempo presente.
Cap. 8:19 – Paulo passa a nos dizer quando a libertação será promulgada na criação. Ele diz: “Porque a ardente expectação da criatura espera a manifestação dos filhos de Deus”. A “criatura” refere-se à criação inteira. Inclui homens, animais e plantas – essencialmente tudo o que vemos na Terra que foi afetado pela corrupção do pecado. Paulo diz que a criação procura pela libertação desta escravidão da corrupção, mas sabemos que isso não poderia ser por medida alguma de inteligência, pois obviamente a criação não sabe da vinda de Cristo. Mesmo assim, ela está esperando por esse momento. Paulo diz que essa libertação ocorrerá no momento da “manifestação dos filhos de Deus”. Isso acontecerá na Aparição de Cristo (2 Ts 1:10; 1 Jo 3:2). Nós somos “os filhos de Deus” agora (v. 14), mas nós seremos então manifestados como tais diante do mundo. Hoje, os homens estão fazendo tudo o que podem para aliviar o sofrimento na Terra. E nós somos gratos pela ciência médica, etc., mas o sofrimento, a doença e a morte natural que estão ao nosso redor não serão retirados até que Cristo apareça.
Assim, Paulo aborda duas coisas relacionadas ao futuro do Cristão:
  • A glorificação dos filhos de Deus, que ocorrerá no Arrebatamento (vs. 17-18).
  • A manifestação dos filhos de Deus, que ocorrerá na Aparição de Cristo (v. 19). 

Cap. 8:20-22 – Ele explica que a criação foi feita “sujeita à vaidade”, não por vontade própria, mas pelo fracasso de sua cabeça federal – Adão. Mas apesar do fracasso de Adão, existe uma “esperança” de libertação diante da criação arruinada, na Aparição de Cristo.
O versículo 21, como se vê na KJV, pode ser enganoso. Ele diz que a criação será “libertada da servidão da corrupção, para a gloriosa liberdade dos filhos de Deus”. Isso implica que a criação inferior experimentaria a mesma “gloriosa liberdade” (glorificação) que os Cristãos terão, o que não é verdade. O versículo deve dizer: “a liberdade da glória dos filhos de Deus”. Assim, a criação participará da liberdade que será trazida aos filhos de Deus, no sentido de ter uma libertação da corrupção e do sofrimento, etc., mas ela não experimentará a glorificação real que os filhos experimentarão. A criação terá libertação, mas não glorificação. E, claro, a criação não terá parte na graça que o evangelho nos trouxe – ou seja, suas bênçãos espirituais.
Cap. 8:23 – Nos versículos anteriores, Paulo falou da libertação futura que está vindo para a criação. Agora, ele chega ao que os Cristãos experimentarão na nossa libertação da presença do pecado. Como mencionado, será de um modo muito maior do que a criação terá, recebendo “a redenção do nosso corpo” (Ef 4:30). Isso se refere ao nosso corpo sendo glorificado e transformado à semelhança do corpo de glória do Senhor. Isso, como dissemos, ocorrerá no Arrebatamento (1 Co 15:51-56; Fp 3:20-21). Naquele momento, nossas naturezas pecaminosas serão erradicadas de nossos corpos e nos livraremos do pecado em nós para sempre! Nós também seremos raptados da Terra e assim retirados da presença (do ambiente) do pecado que está ao nosso redor agora! Assim, teremos a libertação da presença do pecado.
Os Cristãos falam em ter corpos “novos” no Arrebatamento, mas isso poderia implicar que nos seria dado outro corpo, o que não é verdade. Se os Cristãos tivessem de receber “novos” corpos neste sentido, quando o Senhor vier, que necessidade haveria de ressuscitarem os corpos dos santos dentre os mortos? Além disso, que necessidade haveria de se glorificar os corpos dos santos que estarão vivendo na Terra quando o Senhor vier, se eles fossem obter novos corpos? Para evitar a possibilidade de alguém ter esse pensamento equivocado, as Escrituras são cuidadosas em nunca dizer que obteremos corpos “novos”. Em vez disso, nos diz que nossos corpos serão “transformados” (Jó 14:14; 1 Co 15:51-52; Fp 3:21). Isso significa que teremos os mesmos corpos em que vivemos – ainda que em uma condição totalmente diferente de glória (Lc 14:14; Jo 5:28-29; 1 Co 15:51-55; 1Ts 4:15-16, etc.). Paulo disse: todos seremos transformados” (1 Co 15:51). Isto inclui os corpos dos santos que morreram (“isto que é corruptível”) e também os corpos dos santos que ainda estiverem vivos quando o Senhor vier (“isto que é mortal”). O corruptível “se revista da incorruptibilidade” e a mortal se “revista da imortalidade” (1 Co 15:53-54).
Tendo “as primícias do Espírito”, que é a possessão de uma nova vida em Cristo, e nossas bênçãos celestiais n’Ele, temos a garantia da final “redenção” de nossos corpos. Podemos desfrutar agora, do que é nosso pelo Espírito, como uma antecipação do que está diante de nós. Isso não nos torna imunes ao sofrimento que está ao nosso redor. Ao contrário, estando em nossos corpos em seu estado atual (não glorificado), mesmo tendo o Espírito de Cristo em nós, sentimos o sofrimento e “gememos em nós mesmos”. Esse gemido é por conta do que sentimos pessoalmente ao passar esta cena, e também pelo que sentimos por compaixão, ao vermos outros sofrendo. Enquanto o Cristão geme, ele é visto neste capítulo como tendo a presente “adoção” de filiação (v. 15), e está aguardando uma futura “adoção” de seu corpo em um estado glorificado (v. 23).

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