Favor
e Liberdade
Não é intenção de Deus deixar
aqueles a quem perdoou, justificou e reconciliou neste mundo sob o domínio de
suas naturezas caídas pecaminosas, sem poder para andar retamente e em
liberdade diante d’Ele. O evangelho não oferece uma isenção do pena do pecado,
e então deixa o crente continuar neste mundo sob o poder do pecado. Nesta próxima seção da epístola, Paulo mostra que
Deus providenciou para o crente um meio de total libertação da operação da
natureza pecaminosa interior, capacitando-o assim a viver uma vida santa para a
glória de Deus. Portanto, como mencionado, esta subdivisão nos apresenta o
caminho de Deus para a santificação prática.
Nos capítulos 3:21–5:11, vimos o
crente colocado diante de Deus em uma posição de “favor” (cap. 5:2 - JND); agora nos capítulos 5:12-8:39, nos é
revelado o caminho de Deus de “libertação”
do pecado (cap. 6:18). Uma coisa é estar diante de Deus em todo o favor da nova
posição na qual a justificação nos coloca, e outra bem diferente é caminhar
diante dos homens em libertação do pecado por meio do poder do Espírito Santo.
A verdade revelada nestas duas
seções da epístola leva o crente desde a depravação do pecado, à salvação de
Deus – mas de diferentes perspectivas. Não é que o crente seja salvo duas
vezes; a verdade desenvolvida aqui é apenas uma e é tratada na epístola
consecutivamente porque essas coisas, que dizem respeito à experiência, são
geralmente aprendidas separadamente. Além disso, se Paulo as tomasse ao mesmo
tempo, o leitor provavelmente ficaria confuso; o caminho de Deus é repassar
isso duas vezes. W. H. Westcott declarou: “Estas duas seções da epístola, propriamente
falando, correm juntas como linhas paralelas; embora o Espírito de Deus tome
cada uma separadamente. A segunda seção é sempre necessária para um desfrutar
contínuo da primeira. Ainda assim, elas não são frequentemente aprendidas de
uma vez e ao mesmo tempo” (A Letter to
Rome, pág. 10).
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