domingo, 7 de outubro de 2018

A Morte de Cristo para o Pecado e Nossa Identificação com Sua Morte


A Morte de Cristo para o Pecado e Nossa Identificação com Sua Morte

Podemos ver pela lista acima que o aspecto da morte em Romanos 6:2 tem a ver com o fato de o Cristão estar morto judicialmente, e isto, como resultado de nossa identificação com a morte de Cristo. É importante entender que o foco neste capítulo é sobre um aspecto da morte de Cristo diferente daquele que Paulo abordou na subdivisão anterior da epístola. Naquela parte inicial da epístola, foi a morte de Cristo “por” pecados (cap. 4:25, 5:6, 8, etc.); aqui é a morte de Cristo “para” pecado (cap. 6:10). Sua morte “para” o pecado não é fazer expiação, mas romper Suas conexões com o pecado.
Pode ser uma surpresa pensar que Cristo tinha alguma conexão com o pecado, porque as Escrituras deixam claro que Ele não tinha a natureza caída pecaminosa. A Palavra de Deus protege cuidadosamente a glória de Sua Pessoa quanto a isso, afirmando que “n’Ele não há pecado” (1 Jo 3:5). De que maneira, então, o Senhor esteve conectado com o pecado? Na verdade, começou no momento em que Ele entrou nesta cena (um ambiente de pecado) em Seu nascimento. Ao viver aqui, entrou em contato imediato com o pecado e Sua natureza santa o repudiou. Assim, Ele sofreu constitucionalmente por estar no próprio elemento do pecado. Então, na cruz, o Senhor foi “feito pecado” (JND), e assim foi completamente identificado com ele como o Emissário do pecado – embora não tenha sido contaminado pelo pecado pessoalmente (2 Co 5:21; Hb 7:26).  Ele permaneceu diante de Deus no lugar do pecado e levou a consequente condenação do julgamento do pecado (Rm 8:3). Mas, ao morrer, Ele saiu da esfera do pecado e assim Se separou dele – para nunca mais entrar em contato com ele. Cristo agora não está mais em contato com o pecado. J. A. Trench colocou desta forma: “Tendo vindo a este mundo, Ele tinha a ver com o pecado de todos os lados, e foi finalmente para a cruz para ser feito pecado por nós... agora Ele não tem mais nada a ver com o pecado para sempre”. (Truth For Believers, vol. 2, pág. 78).
Aplicando aos crentes o princípio da Cabeça federal de Cristo, temos o direito de nos ver como separados do pecado e não mais participantes de todo esse princípio de vida – mesmo que ainda tenhamos a natureza pecaminosa em nós. Podemos dizer que “morremos com Cristo” (v. 8) e, assim, estamos “mortos para o pecado” (v. 2). Nossa conexão com o pecado e com seu estado de iniquidade foi quebrada, pois não poderia haver uma ruptura mais completa com algo, cuja morte produz.
Neste capítulo, Paulo personifica o pecado e o vê como um mestre maligno que domina e controla os homens (seus escravos) em seus pecados. Ele mostra que um mestre tem exigências sobre seu escravo, mas apenas enquanto o escravo viver. Uma vez que o escravo morre, seu mestre não tem mais poder sobre ele. Então, assim é conosco; nós morremos com Cristo, e o pecado agora não tem direito sobre nós.

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