A
Morte de Cristo para o Pecado e Nossa Identificação com Sua Morte
Podemos ver pela lista acima que o
aspecto da morte em Romanos 6:2 tem a ver com o fato de o Cristão estar morto judicialmente, e isto, como resultado de
nossa identificação com a morte de Cristo. É importante entender que o foco
neste capítulo é sobre um aspecto da morte de Cristo diferente daquele que
Paulo abordou na subdivisão anterior da epístola. Naquela parte inicial da
epístola, foi a morte de Cristo “por”
pecados (cap. 4:25, 5:6, 8, etc.); aqui é a morte de Cristo “para” pecado (cap. 6:10). Sua morte “para”
o pecado não é fazer expiação, mas romper Suas conexões com o pecado.
Pode ser uma surpresa pensar que
Cristo tinha alguma conexão com o pecado, porque as Escrituras deixam claro que
Ele não tinha a natureza caída pecaminosa. A Palavra de Deus protege cuidadosamente
a glória de Sua Pessoa quanto a isso, afirmando que “n’Ele não há pecado” (1 Jo 3:5). De que maneira, então, o Senhor
esteve conectado com o pecado? Na verdade, começou no momento em que Ele entrou
nesta cena (um ambiente de pecado) em Seu nascimento. Ao viver aqui, entrou em
contato imediato com o pecado e Sua natureza santa o repudiou. Assim, Ele
sofreu constitucionalmente por estar no próprio elemento do pecado. Então, na
cruz, o Senhor foi “feito pecado”
(JND), e assim foi completamente identificado com ele como o Emissário do
pecado – embora não tenha sido contaminado pelo pecado pessoalmente (2 Co 5:21;
Hb 7:26). Ele permaneceu diante de Deus
no lugar do pecado e levou a consequente condenação do julgamento do pecado (Rm
8:3). Mas, ao morrer, Ele saiu da esfera do pecado e assim Se separou dele –
para nunca mais entrar em contato com ele. Cristo agora não está mais em
contato com o pecado. J. A. Trench colocou desta forma: “Tendo vindo a este
mundo, Ele tinha a ver com o pecado de todos os lados, e foi finalmente para a
cruz para ser feito pecado por nós... agora Ele não tem mais nada a ver com o
pecado para sempre”. (Truth For Believers,
vol. 2, pág. 78).
Aplicando aos crentes o princípio
da Cabeça federal de Cristo, temos o direito de nos ver como separados do
pecado e não mais participantes de todo esse princípio de vida – mesmo que
ainda tenhamos a natureza pecaminosa em nós. Podemos dizer que “morremos com Cristo” (v. 8) e, assim,
estamos “mortos para o pecado” (v.
2). Nossa conexão com o pecado e com seu estado de iniquidade foi quebrada,
pois não poderia haver uma ruptura mais completa com algo, cuja morte produz.
Neste capítulo, Paulo personifica o
pecado e o vê como um mestre maligno que domina e controla os homens (seus
escravos) em seus pecados. Ele mostra que um mestre tem exigências sobre seu
escravo, mas apenas enquanto o escravo viver. Uma vez que o escravo morre, seu
mestre não tem mais poder sobre ele. Então, assim é conosco; nós morremos com
Cristo, e o pecado agora não tem direito sobre nós.
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