terça-feira, 23 de outubro de 2018

O Evangelho Não Foi Crido Por Todos


O Evangelho Não Foi Crido Por Todos

Cap.10:16-21 – É triste dizer que, exceto um remanescente, os judeus falharam em sua responsabilidade de crer no evangelho. Não só se recusaram a recebê-lo, mas também resistiram às boas novas disseminadas aos gentios. Paulo relatou aos tessalonicenses: “Os quais [os judeus] também mataram o Senhor Jesus e os Seus próprios profetas, e nos têm perseguido, e não agradam a Deus, e são contrários a todos os homens. E nos impedem de pregar aos gentios as palavras da salvação, a fim de encherem sempre a medida de seus pecados” (1 Ts 2:14-16). O livro de Atos também atesta esse fato.
Paulo cita Isaías novamente para mostrar que as Escrituras proféticas do Velho Testamento predisseram que a nação rejeitaria seu Messias. Ele diz: “Mas nem todos obedecem ao evangelho; pois Isaías diz: Senhor, quem creu na nossa pregação?” Ao dizer “nossa pregação”, Isaías estava falando em nome de seus colegas profetas, os outros profetas do Velho Testamento que haviam profetizado sobre o Messias. Ele lamentou que a pregação sobre o Messias não tivesse sido crida pela nação de Israel, apesar dela conter tudo o que eles precisavam saber sobre Ele. A pregação anunciou: 
  • O tempo da Sua vinda (Dn 9:26 com Sl 102:24).
  • O local Seu de nascimento (Mq 5:2).
  • Seu nascimento de uma virgem (Is 7:14).
  • Sua Filiação (Sl 2:6-7).
  • Sua Realeza como descendente direto de Davi (2 Sm 7:12-16; Jr 23:5).
  • Sua anunciação por um precursor (Is 40:3; Ml 3:1).
  • A maneira de Sua vida (Is 42:1-3).
  • Seu poder para trazer as bênçãos do reino (Is 33:24, 35:5-6, 61:1-3; Sl 65:6-7, 89:9, 132:15, 89:9, 132:15, 89, 146:7-8, etc.).
  • Sua apresentação à nação de Israel (Zc 9:9).
  • Sua traição (Sl 35:8, 14, 41:9, 55:12-14, 69:25, 109:6-8).
  • A rejeição d’Ele pelos judeus (Sl 35:11, 69:4, 109:4-5; Is 49:4, 50:5-6, 53:2-4; Dn 9:26; Mq 5:1-2).
  • Sua morte (Sl 16:10, 22:1-21a, 31:1-5a, 102:24; Dn 9:26a).
  • Sua ressurreição (Sl 16:11, 22:21b, 102:24b-28).
  • Seu lugar atual à destra de Deus (Sl 110:1).
  • A esperança de Israel de que Deus O enviaria para libertação deles (Sl 80:17).
  • Sua vinda novamente – a Aparição (Sl 72:6, 96:13, 98:9; Is 30:27-33; Ml 3:1, 4:2-3).
  • Seu reinado público em justiça como Rei sobre toda a Terra (Is 32:1, 61:11; Sl 47:7; Zc 14:9).
  • Ele ser buscado e adorado pelos gentios (Sl 47:9, 72:11, 86:9; Is 11:10; Zc 2:11). 

Assim, a “pregação” dos profetas sobre a vida e os tempos do Messias haviam sido preditos nas Sagradas Escrituras. Os judeus se orgulhavam de conhecer as Escrituras, mas eram “tardos de coração” para realmente “crer” naquelas coisas (Lc 24:25-26). Os profetas do Velho Testamento falavam do Messias – primeiro sofrendo e depois entrando na glória do Seu reino (1 Pe 1:11). Esse testemunho não foi dado apenas aos judeus, mas os gentios também o ouviam, pois o evangelho foi pregado a ambos, judeu e gentio (cap. 1:16).
V. 17 – Paulo fala então de como a bênção do evangelho ocorre nas almas. Ele diz: “De sorte que a fé é pelo ouvir [uma pregação], e o ouvir [a pregação] pela palavra de Deus” (JND). Assim, “fé” em uma pessoa é um resultado de serem abertas suas faculdades espirituais de ouvir, e isso ocorre pelo poder da “Palavra de Deus” trabalhando em sua alma. O Espírito de Deus toma a Palavra de Deus e a aplica à alma, e assim comunica a vida espiritual à pessoa. Essa ação é chamada de novo nascimento ou vivificação (Jo 3:3-5; Ef 2:1, 5). Ao receber a vida divina, as faculdades espirituais da pessoa começam a operar, e ela é capaz de ouvir e receber comunicações divinas – isto é, a verdade do evangelho. É por isso que precisamos “pregar a Palavra” aos perdidos (2 Tm 4:2). “Porque a palavra de Deus é viva e eficaz”, e dirigida pelo Espírito de Deus quando a pregamos, ela comunica a vida divina aos homens (Hb 4:12).
V. 18 – Paulo então cita o Salmo 19, que tem a ver com o testemunho da criação, para mostrar que Deus pretende que um testemunho alcance “toda a Terra”. Isto, com certeza, incluiria gentios, pois eles estão por toda a Terra. O testemunho da criação não anuncia o Evangelho da Graça de Deus. Paulo não o cita por essa razão, mas para mostrar que Deus quer que todos os homens recebam um testemunho de Si mesmo. Isto, então, alicerça o esforço para anunciar as boas novas nas regiões d’além.
Vs. 19-21 – Paulo diz: “Israel não o soube?” Como eles não sabiam que Deus desejava que a bênção fosse oferecida aos gentios, quando suas próprias Escrituras deram testemunho desse fato? Ele cita o que Moisés escreveu em Deuteronômio 32:21 para provar isso: “Eu os meterei em ciúmes com aqueles que não são povo, com gente insensata vos provocarei à ira” (v. 19). A implicação aqui é que Deus envergonharia Israel porque tardavam em crer – ao Sua bênção ir para os gentios. Paulo acrescenta outra declaração de Isaías 65:1 para este fim: “Fui buscado dos que não perguntavam por Mim; fui achado daqueles que Me não buscavam” (v. 20; Rm 3:11). Mas, relativamente a Israel, Isaías 65:2 disse: “Estendi as Minhas mãos todo o dia a um povo rebelde” (v. 21). Assim, a partir de suas próprias Escrituras, Paulo mostra que haveria essa admirável inversão da bênção. Quando Israel rejeitasse a bênção, por não receber seu Messias, Deus enviaria a bênção aos gentios! O Senhor também ensinou isso em muitas de Suas parábolas (Mt 21:42-44, 22:8-10; Lc 13:28-30, 14:16-24). O resultado foi que muitos gentios entraram na bênção pela fé em Cristo, e Israel (com exceção de um remanescente) a perdeu!
Assim, Paulo mostrou neste capítulo que há uma responsabilidade moral da parte do homem em crer no testemunho de Deus do evangelho. Deus fez ampla provisão para que Israel cresse, mas o princípio se aplica a toda à humanidade. E se Israel como nação foi posta de lado, não é por culpa de Deus; é claramente pela própria culpa deles. Eles não apenas quebraram a Lei, mas também rejeitaram o Messias e o evangelho da graça de Deus.

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No decorrer deste décimo capítulo, Paulo mencionou três razões principais pelas quais os judeus perderam a bênção de Deus:
  • Zelo pela religião nacional (v. 2).
  • Ignorância da justiça de Deus (v. 3).
  • Incredulidade obstinada (v. 16).


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