Ao
Chamar Os Gentios, Deus Está Provocando Ciúme Nos Judeus – E Isso Prova Que Ele
Não Seu Tratamento com Terminou Com Israel
Cap.11:11-25 – A segunda prova de que Deus não terminou Seu tratamento com Israel é
vista em Seu chamado aos gentios para provocar Israel à inveja (v. 11). Paulo
diz: “Porventura tropeçaram, para que caíssem?
De modo nenhum [longe esteja o
pensamento – JND]. Mas pela sua queda
[retirada] veio a salvação aos gentios, para os incitar à emulação
[ciúme]”. O fato de que Deus quis
incitar Israel, provocando-os ao ciúme para que voltassem a Ele, mostra que Ele
ainda não terminou Seu tratamento com eles. Paulo concorda que Israel “tropeçou”, mas ele insiste que eles
não caíram, no sentido de estar tudo acabado para eles. Lendo o versículo como
encontrado na KJV pode ser confuso, porque depois de afirmar que eles não
caíram, ela vai em frente e diz que eles caíram! Este enigma é facilmente
esclarecido ao entender-se que o segundo uso da palavra “cair” no décimo primeiro versículo é realmente uma palavra
diferente no grego, e deveria ser traduzida como “transgressão” (ATB). “Cair”,
no sentido de que Paulo fala aqui, é uma coisa final. “Transgressão”,
por outro lado, não carrega essa conotação. Isso ocorre novamente no versículo
12. Assim, Israel tropeçou e transgrediu, mas eles não caíram do propósito de
Deus de abençoá-los.
Paulo disse que a “diminuição [omissão]”
de Israel abriu o caminho para os gentios terem grandes “riquezas”. A “riqueza dos
gentios” refere-se ao favor que Deus estendeu aos gentios no evangelho, sem
levar em conta se eles creram ou não. Em outras palavras, a “perda” (JND) de Israel tem sido o
ganho dos gentios. Este é um princípio nos caminhos de Deus que é encontrado em
muitos lugares nas Escrituras (Is 49:4-6; At 13:46-48, 18:5-6, 28:24-28; Rm
1:16). Ele acrescenta: “quanto mais a
sua plenitude!” Isto é, se o fracasso de Israel levou a bênção para os
gentios neste Dia da Graça, quanto mais será assim quando Deus restaurar
Israel! Hoje, a bênção pelo evangelho foi para o mundo de uma forma limitada,
mas então será uma conversão mundial dos gentios (Sl 22:27, 47:9; Is 2:2-3; Zc
2:11; Ap 7:9, etc.). Israel redimido será o canal de Deus para abençoar as
nações naquele dia (Is 60-61, etc.).
Paulo diz: “Porque convosco falo, gentios, que, enquanto for apóstolo dos gentios”
(v. 13). Ele sentiu sua responsabilidade para com os gentios, e do versículo 13
ao 32, se volta para falar diretamente a eles. Ao interpretar este capítulo, é
importante entender que Paulo não está necessariamente falando dos gentios como
crentes, mas dos gentios genericamente. Seu ponto é que tiveram o maravilhoso
privilégio do evangelho estendido a eles. Enfatizamos isso porque, mais adiante
no capítulo, ele fala da possibilidade desses gentios serem “cortados”. Verdadeiros crentes, como
sabemos, fazem parte da Igreja, e tais nunca serão cortados. A profissão Cristã
em geral, no entanto, será julgada e cortada por Deus (Ap 3:16), porque não
continuou na bondade de Deus. Paulo queria “magnificar”
(KJV) seu “ministério” pregando aos
gentios em todo lugar que pudesse, porque, ao fazê-lo, poderia incitar alguns
de seus conterrâneos à “emulação
[ciúme]”, e eles acreditariam na
salvação de suas almas (vs. 13-14).
Ele diz: “Porque, se a sua rejeição é
a reconciliação do mundo, qual será
a sua admissão, senão a vida
dentre os mortos?” (v. 15) Tão certo como houve uma “rejeição” de Israel, também haverá “sua admissão” novamente em um dia futuro. A reconciliação aqui não
é a mesma que no capítulo 5:10-11, onde tudo é vital e eterno. Aqui é
dispensacional, sendo uma coisa provida para os gentios neste tempo presente.
Assim, o mundo gentio foi trazido para perto de Deus (aproximação geral), mas
isso é apenas exteriormente. Ele diz
que a admissã) deles (Israel) será “vida
dentre os mortos”. Isto não está
se referindo à ressurreição literal de corpos humanos (1 Ts 4:16, etc.), nem
está falando da ressurreição nacional de Israel (Is 26:19; Ez 37:1-14; Dn
12:1-3), mas do que o mundo gentio experimentará como resultado da restauração
de Israel ao Senhor. O Sr. W. Kelly disse: “Seja qual for a misericórdia divina
na reconciliação do mundo, a qual agora conhecemos enquanto o evangelho vai em
direção à toda criatura, uma bem-aventurança completamente diferente aguarda o
mundo inteiro como ‘vida dentre os
mortos’, quando todo Israel for recebido de volta e salvo... Não será para
todos na Terra ‘vida dentre os mortos?’”
(Notes on the Epistle to the Romans,
pág. 224).
Paulo usa duas figuras para ilustrar seu
ponto:
- Uma massa.
- Uma oliveira.
Primeiro, quanto à massa, ele diz: “E, se as primícias [primeiro pedaço da
massa] são santas, também a massa o é” (v. 16a). As “primícias”
é o remanescente de crentes judeus no tempo presente que creram no evangelho. Eles
“pré-confiaram” (os que de antemão
esperaram – ARA) em Cristo (Ef 1:12 – JND) e são os primeiros frutos da nação
que será salva no futuro (v. 5). Assim, se pela graça de Deus as primícias são
santas, assim será santa “a massa”.
A massa é a nação em um dia vindouro, quando eles crerem em Cristo (v. 26). O
argumento de Paulo é que os poucos crentes judeus de hoje – “um remanescente, segundo a eleição da
graça” (v. 5 – JND) – são realmente um penhor ou uma garantia de que o
resto são verdadeiros israelitas que serão salvos. A existência do remanescente
neste tempo presente (as primícias) é evidência de que a nação (a massa) será
salva no futuro. Com isto sabemos que Deus não desistiu de Israel; há bênçãos
reservadas para a nação.
Paulo então passa para a outra figura – “a oliveira” (vs. 16b-32). Ele diz: “se a raiz é santa, também os ramos o são”. A “raiz” é uma alusão a Abraão, o pai da nação, que foi colocado à
parte em um lugar de associação “santa”
com Deus (Is 51:2). O argumento de Paulo aqui é que se a raiz (Abraão) está em
um lugar exterior de bênção, também estão “os
ramos” (descendentes de Abraão). No entanto, ser ramos não significa
necessariamente que todos os descendentes de Abraão são nascidos de Deus. Eles
estavam em um lugar de santificação relativa.
Assim, como Paulo falou da reconciliação (v. 15), ele também fala de
santificação (v. 16) – ambas são relativas,
não algo vital ou absoluto.
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