domingo, 16 de setembro de 2018

Sete Fatos Sobre o Julgamento de Deus


Sete Fatos Sobre o Julgamento de Deus

Uma vez que esses gentios hipócritas (farisaicos) e civilizados têm ideias erradas sobre justiça e juízo, Paulo prossegue explicando alguns dos grandes princípios do julgamento de Deus.

V. 2a – Primeiramente, o julgamento de Deus é “segundo a verdade”. Isto é, o padrão no qual Deus mede o mal e encontra o juízo correspondente é de acordo com a verdade do que Ele é em Seu santo Ser. Os homens medem o mal pelos padrões que estabelecem (que estão sempre em declínio), mas Deus mede o mal pela santidade de Sua natureza.
V. 3 – Em segundo lugar, ninguém escapa ao julgamento de Deus. Paulo diz: “E tu, ó homem... cuidas que... escaparás ao juízo de Deus?” A não ser que uma pessoa se volte para Deus em arrependimento, não há como escapar do juízo. A justiça divina exige que todo o pecado seja tratado com “a justa retribuição” (Hb 2:2), porque “justiça e juízo” são a base de Seu trono (Sl 89:14).
V. 4 – Em terceiro lugar, o juízo de Deus é retardado para dar tempo aos homens de se arrependerem. Deus age em “paciência e longanimidade” em conexão com o exercício do Seu julgamento, e isso prova que Ele ama os pecadores e deseja que Sua “benignidade” leve-os ao “arrependimento”. O apóstolo Pedro confirma isso, afirmando que Deus “não quer que alguns se percam, senão que todos venham a arrepender-se” (2 Pd 3:9). O retardamento do julgamento não deve ser considerado como um sinal de que Deus é indiferente ao mal, mas sim como sinal de Sua longânime paciência.
O arrependimento significa ter uma mudança de pensamento a respeito de uma conduta errada que estávamos tendo, e por ter feito nosso julgamento sobre isso.  Assim, o arrependimento em um pecador é a mudança de mentalidade sobre o curso de pecado e exercício de julgamento pessoal sobre ele. A realidade do arrependimento de uma pessoa será vista em uma mudança de comportamento em sua vida. Isso é chamado de “frutos dignos de arrependimento” (Mt 3:8).
Cap. 2:5-10a – Em quarto lugar, o julgamento de Deus é entesourado (acumulado) para todo incrédulo não arrependido “segundo as suas obras”. Isso nos mostra que Deus não trata indiscriminadamente em julgamento; é de acordo com coisas específicas que cada pessoa fez. O ponto aqui é que o juízo será adequado ao crime. Os pecadores perdidos não sofrerão castigo por coisas que não fizeram; o juízo será aplicado “segundo as suas obras” (Ap 20:12).
Nos versículos 7-10, Paulo coloca diante de nós dois estilos de vida e seus respectivos destinos entre as pessoas não evangelizadas do mundo. Um estilo de vida, que é vivido com a simples fé de Deus, leva à “vida eterna”; o outro estilo de vida, vivido sem fé, termina em “indignação e a ira, tribulação e angústia”. Visto que a fé se evidencia nas obras (Tg 2:17-18), Paulo mostra que os feitos de um homem evidenciarão se ele tem fé ou não. Mesmo que ele não tenha sido alcançado com o evangelho da graça de Deus, ele manifestará sua fé pela “perseverança em fazer bem”. Se os tais “procuram” (ou vivem para) “glória, e honra e incorrupção”, a eles será concedida “vida eterna”. O aspecto da vida eterna aqui é o que o crente terá quando alcançar o céu no estado glorificado. Como regra, o apóstolo Paulo fala da “vida eterna” como algo que o crente vai obter no final de sua senda (Rm 2:7, 5:21, 6:23; 1Tm 6:12, 19; Tt 1:2, 3:7). O apóstolo João, por outro lado, fala da “vida eterna”, que é a presente possessão de vida no Filho de Deus (1 Jo 5:11-13), a qual é manifestamente uma bênção Cristã. É um caráter especial da vida divina, que os Cristãos têm pela fé (Jo 3:15-16, 36) pela habitação do Espírito (Jo 4:14), pela qual desfrutam da comunhão com o Pai e o Filho (Jo 17:3).
Ao mencionar “perseverança”, Paulo está indicando que essas “boas obras” não é algo ocasional (o que até mesmo um incrédulo pode fazer), mas o caráter geral de suas vidas, como evidência de sua fé. Paulo não está ensinando que uma pessoa pode chegar ao céu fazendo boas obras; seria contrário a todo o teor de seus ensinamentos (ver Rm 4:4-5; Ef 2:8-9; Tt 3:5). Essas não são obras que um pecador pode tentar fazer para ser aceito por Deus, mas obras que uma pessoa que tem fé faz, porque nasceu de novo, e isso evidencia que tem fé. Note que Paulo não diz que essas pessoas (que têm fé) esperam por uma vida junto com o Senhor Jesus Cristo no céu por terem crido que Ele morreu por eles na cruz, pois está considerando aqui aqueles que não são alcançados pelo evangelho. Todos esses não conhecem as boas novas a respeito de Cristo. Isto, novamente, mostra que Deus pode alcançar e abençoar os homens que têm fé, pelo testemunho da criação e de suas consciências, mesmo que não tenham ouvido as boas novas da salvação em Cristo por meio do Seu sangue derramado.
 Ele diz que aqueles que são “contenciosos” e “desobedientes à verdade e obedientes à iniquidade” terão “indignação e ira, tribulação e angústia” exercutadas sobre eles pelo juízo de Deus ao deixarem este mundo pela morte. Isso, ele diz, será a porção de “toda a alma do homem que obra o mal” e não se arrepender. Novamente, a “verdade” a qual Paulo está se referindo aqui (que essas pessoas rejeitam) não é a verdade do evangelho da graça de Deus, mas a verdade sobre Deus como revelada na criação e nas consciências dos homens. Vemos disto que há evidências suficientes no testemunho da criação e no testemunho da consciência do homem para condenar justamente os homens a uma eternidade perdida, se rejeitarem essa verdade.
Cap. 2:10b-11 – Em quinto lugar, o julgamento de Deus é sem parcialidade. Paulo diz: “Porque, para com Deus, não há acepção de pessoas” (v. 11). Quer a pessoa seja um “judeu” ou um “gentio [grego], o juízo recairá sobre todos os que fazem o mal. O judeu não vai escapar porque ele é uma pessoa privilegiada (Dt 7:6-7, 14:2), nem o gentio será capaz de alegar que é uma pessoa pobre e ignorante que não tinha conhecimento, e que, portanto, deveria ser desculpada. Essas coisas não influenciarão a Deus em Seu justo julgamento dos pecadores.
Cap. 2:12-15 – Em sexto lugar, o julgamento de Deus será de acordo com a medida de luz que uma pessoa recebeu. Paulo disse: “Porque todos os que sem lei pecaram sem lei também perecerão; e todos os que sob a lei pecaram pela lei serão julgados”. Obviamente que aqueles que tiveram a lei de Deus (as Escrituras do Velho Testamento) tiveram mais luz do que aqueles que nunca leram ou ouviram a Palavra de Deus. Essa diferença será levada em consideração no dia do julgamento, e aqueles que tiveram a Lei serão julgados por seu padrão mais elevado. O Senhor disse: “E o servo que soube a vontade do seu senhor, e não se aprontou, nem fez conforme a sua vontade, será castigado com muitos açoites. Mas o que a não soube, e fez coisas dignas de açoites, com poucos açoites será castigado” (Lc 12:47-48). Assim, na linguagem mais clara, o Senhor ensinou que o juízo dos pecadores será graduado de acordo com o grau de culpa de cada pessoa.
Então, em um parêntese nos versículos 13-15 (KJV e JND), Paulo explica que mesmo que os gentios não tenham tido a Lei, não significa que estão desculpados. Ele diz que quando os gentios “fazem naturalmente as coisas que são da lei”, demonstram a obra da Lei escrita em seus corações. Esse testemunho interior, em certo sentido “para si mesmos são lei”. Não que a Lei de Moisés esteja escrita em seus corações, mas que “a obra da lei” lá está, porque suas consciências lhes deram o conhecimento do bem e do mal. Uma pessoa, portanto, não precisa ter uma lei formal dizendo que é errado matar, roubar e cometer adultério, etc. para saber que essas coisas estão erradas. O Criador escreveu indelevelmente em seus corações como devem viver sendo seres responsáveis ​​e morais, e suas consciências dão testemunho disso.
Assim, além de ter o testemunho da criação, todos esses gentios cultos também têm esse testemunho interior (suas consciências) trabalhando em seus “pensamentos”, capacitando-os a conhecer a retidão ou o erro de suas ações. Eles estavam “acusando e também defendendo um ao outro” (KJV), e isso provou que suas consciências lhes deram um padrão moral para julgar uns aos outros, como visto no versículo 1. Este fato provou que suas consciências estavam agindo, e os fez mais responsáveis que os pagãos do capítulo 1, cujas consciências não agiam no mesmo grau.
Cap. 2:16 – Em sétimo lugar, o Juiz não é outro senão o Senhor Jesus Cristo. Paulo disse: “Deus há de julgar os segredos dos homens, por Jesus Cristo”. O próprio Senhor disse: “O Pai a ninguém julga, mas tem dado todo o julgamento ao Filho” (Jo 5:22). Paulo também afirma que há um “dia” (um tempo) chegando, quando todos os pecadores perdidos serão julgados por seus pecados. O julgamento não será somente para pecados públicos; “os segredos dos homens” também serão julgados de acordo com a justiça divina. Isto acontecerá no Grande Trono Branco no final do tempo (Ap 20:11-15).

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