A Lei não Pode Proteger um Judeu do Julgamento
Cap. 2:17-24 – Os judeus “repousaram” no fato de que Deus lhes
havia dado a Lei – as Escrituras do Velho Testamento. Eles viram isso como um
sinal de que Deus os aprovou. Assim, criam que de todos os povos, eles estariam
isentos do julgamento de Deus. Isto, no entanto, não é verdade; as próprias
Escrituras sobre as quais eles descansaram ensinam que Deus julgará Seu povo
(Sl 50:4, Sl 135:14; Am 3:2). Paulo prossegue mostrando que a luz que a Lei
derrama sobre os homens não os protege do julgamento, mas sim expõe todos os
que ficam aquém de seus padrões.
V. 18 – A responsabilidade
dos judeus foi ampliada pelo fato de estarem familiarizados com as exigências
declaradas na Palavra escrita de Deus. Conheciam a “vontade” de Deus e, portanto, eram capazes de “aprovar as coisas excelentes”. Eles podiam avaliar com precisão
questões de diferenças sutis em relação à conduta moral porque eram “instruídos por lei”. (“Sabes a Sua vontade” não poderia estar
se referindo ao Mistério da Sua vontade em Efésios 1:9-10, porque isso não fora
revelado no Velho Testamento (Rm 16:25; Ef 3:5, 9). É antes o conhecimento da
Sua vontade em assuntos morais e práticos da vida).
Vs. 19-20 – Tendo e conhecendo a
Lei, era a mente de Deus que os judeus fossem Seu instrumento para instruir os gentios
nas coisas pertencentes ao reino de Deus. Paulo fala de quatro coisas nas quais
os judeus se orgulhavam, como vaso especial de testemunho de Deus para o mundo.
Eles eram:
- “Guia dos cegos”.
- “Luz dos que estão em trevas”.
- “Instruidor dos néscios”.
- “Mestre de crianças”.
Seu objetivo ao apresentar isso era
mostrar que os judeus eram muito mais responsáveis que os gentios, pois
aqueles que ensinam a Palavra de Deus devem praticar as coisas que ensinam.
Vs. 21-24 – Paulo então faz aos judeus
uma série de perguntas retóricas sobre se praticavam o que ensinavam. Ele
responde suas próprias perguntas com o fato de condenar que não tinham
praticado o que haviam professado ensinar, e assim provou que eram hipócritas.
Ele diz: “Tu, que te glorias na lei,
desonras a Deus pela transgressão da lei?”. Em vez de atrair pessoas para
Deus, a hipocrisia deles tornara “o nome
de Deus” “blasfemado entre os gentios”. Paulo cita Isaías 52:5 para apoiar
esta acusação.
Assim, Paulo mostra que porque
conheciam e ensinavam os requisitos de Deus na Lei, mas não os praticavam, eles
eram muito mais culpados que as duas classes de gentios a quem já havia se
dirigido. Tiago confirma isso; ele disse que todos os que assumem lugar de
mestre estão em perigo do “mais duro
juízo”, se falharem (Tg 3:1). Este foi definitivamente o caso com os judeus.
Ter a Lei (v. 17), conhecer a Lei (v. 18) e ensinar a Lei (vs. 19-20) não salva o judeu.
Mas essas coisas o tornam extremamente responsável. Esse fato sustenta o que
Paulo já estabeleceu no capítulo 2, referente ao julgamento de Deus – que o
aumento da luz traz o aumento da responsabilidade.
Nenhum comentário:
Postar um comentário