A
Justiça de Deus Não é Algo
Transmitido, Colocado sobre, Transferido ou Comunicado aos Crentes
Algumas traduções modernas afirmam:
“a justiça a partir de Deus”
(Rm 1:17; 3:21; 3:22; 10:3) e “a justiça
que vem de Deus” (Fp 3:9), mas estas são não as melhores traduções.
Em primeiro lugar, “uma justiça”
induz ao erro. Isso soa como se Deus tivesse muitas diferentes justiças à mão e
simplesmente escolheu uma para o crente. Sobre esse erro, J. N. Darby observou:
“Uma justiça de Deus, já observei, é
como se houvesse várias... agora isso muda todo o sentido da passagem” (Collected Writings, vol. 33, pág.
86).
Em segundo lugar, traduzir como “a partir de Deus” [ou “que vem de Deus”] transmite o
pensamento de que a justiça de Deus é algo que é transmitido ao crente ou colocado
sobre ele. Isto, no entanto, não é verdade, porque se Deus deu a Sua justiça
para nós, que é o que essa frase sugere, então Ele não a teria mais! Em relação
a essa ideia equivocada, W. Scott disse: “Deus não pode conceder aquilo que é
essencial para Si mesmo” (Unscriptural
Phraseology, pág. 10). Ele também disse: “Não é colocar uma quantidade de
justiça em um homem” (Doctrinal Summaries,
pág. 15). Sobre isso, J. N. Darby comentou: “Um homem sendo justo é sua posição
aos olhos de Deus, não uma quantidade de justiça transferida para ele” (Collected Writings, vol. 23, pág. 254).
F. B. Hole disse: “Não devemos ler essas palavras [‘a justiça de Deus’] com uma ideia comercial em nossas mentes,
como se elas significassem que nós viemos a Deus trazendo um tanto de fé pela
qual recebemos em troca um tanto de justiça, assim como um lojista do outro
lado do balcão troca bens por dinheiro” (Outlines
of Truth, pág. 5). Deus deu a justiça (Rm 5:17) no sentido de tê-la
assegurado para a humanidade em Cristo ressuscitado e glorificado. Assim,
Cristo nos foi feito justiça (1 Co 1:30), e Ele é a nossa justiça (2 Co 5.21;
compare Jeremias 23:6, 33:16).
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