O Princípio da Fé
Cap. 3:27-31 – Nos versículos
finais do capítulo 3, Paulo explica a parte da fé na justificação do crente.
Ele já mencionou “a justiça de Deus pela
fé” (v. 22) e “a fé no Seu sangue”
(v. 25), e deixou claro que as bênçãos do evangelho só são apropriadas “segundo o princípio da fé” (JND) (cap.
1:17, 3:30, 4:16, 5:1). Assim, o evangelho é tão simples que tudo o que uma
pessoa precisa fazer é crer no Senhor Jesus Cristo e será salvo e justificado
(At 13:38-39, 16:31).
Contudo, mesmo neste caso, não
devemos pensar que nossa fé nos fez merecer nossa justificação. Paulo deixa
claro nestes versículos que é pela fé, assim a jactância (presunção) é
“excluída”. Nossa fé não é um trabalho meritório. De fato, em Efésios 2:8, ele
afirma que nossa fé “não vem de vós; é dom de Deus”. Já que vem tudo
de Deus, Ele deve receber todo o crédito. Se a fé fosse uma coisa meritória,
então uma pessoa teria algo para se “gloriar”.
Ele poderia dizer: “Outros não tiveram fé para crer, mas eu tive, e Deus me
salvou por causa da minha fé!” Isso, no entanto, seria atribuir a nós mesmos
algum crédito por nossa salvação.
Nem devemos pensar que
chorando, confessando, arrependendo, orações sinceras, etc., nos fará
merecedores da salvação. Essas coisas podem acompanhar a conversão de uma
pessoa para Cristo, mas a salvação não é obtida por elas. Sejamos claros: “fé” não é o assunto do evangelho. O
assunto do evangelho é Cristo e Sua obra consumada. Assim, Paulo mostra que a
justificação do crente não tem nada a ver com “obras”. Todo orgulho da parte do homem, portanto, é completamente
excluído. As obras exaltam o homem, mas a fé exalta a Deus.
Nos
versículos 29-30, Paulo mostra que a justificação não é apenas para os judeus (“a circuncisão”), mas para todos os que
creem no evangelho – incluindo os gentios (“a
incircuncisão”). Isso mostra que Deus não é restritivo quando se trata de
oferecer salvação aos homens e salvar pessoas de todas as três esferas da raça
humana.
V. 31 – Para que os judeus não pensassem
que estava ignorando ou menosprezando a lei, Paulo diz: “Anulamos, pois, a lei pela fé? De maneira nenhuma, antes estabelecemos
a lei” (v. 31). O evangelho não anula os santos padrões da Lei; a Lei
enfatiza o fato de que os homens ficaram aquém dela. Deste modo, a Lei
complementa o evangelho ao provar que os homens pecaram e estão destituídos da
glória de Deus. Por isso, o evangelho sustenta as santas exigências da lei.
Isso mostra que os homens são pecadores e, portanto, precisam de salvação.
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