domingo, 16 de setembro de 2018

O Ser um Descendente de Abraão Não Protegerá um Judeu do Julgamento

O Ser um Descendente de Abraão Não Protegerá um Judeu do Julgamento

Cap. 2:28-29 – Paulo se volta para a terceira circunstância na qual os judeus confiavam falsamente – que eram descendentes de Abraão. Para levar o nome de “judeu” significa que a pessoa é um dos descendentes de Abraão, e todo descendente de Abraão estava por nascimento, exteriormente, em um relacionamento de aliança com Deus (Gn 17:7). Se tivessem fé ou não, não mudava esse fato.
Nestes dois últimos versículos do capítulo 2, Paulo mostra que ter as mesmas linhagens de sangue de Abraão não protegerá um judeu de julgamento. Crer que uma pessoa está isenta do castigo de seus pecados porque ela é da semente de Abraão é, na verdade, uma falsa noção. Há abundante testemunho da falsidade disso nas Escrituras. Em Mateus 3:7-9, João Batista disse: “E não presumais, de vós mesmos, dizendo: Temos por pai a Abraão; porque eu vos digo que mesmo destas pedras Deus pode suscitar filhos a Abraão”. Os judeus estavam confiando em sua relação externa com Abraão para sua segurança e bênção; eles claramente pensaram que isso era o suficiente. No entanto, João usou a palavra “filhos” para distinguir aqueles descendentes de Abraão que realmente tinham fé, indicando que nem todos os seus descendentes eram filhos de Abraão. Seu argumento é que Deus faria com que Abraão tivesse filhos – alguns homens e mulheres de nação que cresse – embora muitos judeus daquela geração talvez não estivessem entre os contados.
O próprio Senhor ensinou a mesma coisa em João 8:37-39. Ele disse: “Bem sei que sois descendência [semente] de Abraão; contudo, procurais matar-Me, porque a Minha palavra não entra em vós. Eu falo do que vi junto de Meu Pai, e vós fazeis o que também vistes junto de vosso pai. Responderam, e disseram-Lhe: Nosso pai é Abraão. Jesus disse-lhes: Se fôsseis filhos de Abraão, faríeis as obras de Abraão”. Aqui, o Senhor faz distinção entre “a semente de Abraão” e “os filhos de Abraão”. Sua “semente” eram seus descendentes naturais, e seus “filhos” eram seus descendentes espirituais, que não apenas têm seu sangue, mas também sua fé.
Paulo também ensina isso mais tarde nesta mesma epístola. Ele disse: “Porque nem todos os que são de Israel são israelitas; Nem por serem descendência de Abraão são todos filhos (cap. 9:7-8).
Assim, ser um descendente natural de Abraão não significa que uma pessoa fosse automaticamente um filho espiritual de Abraão. Um verdadeiro judeu deve ser um, tanto “interiormente” como “exteriormente”. Esse algo interior seria uma obra de fé “do coração”. De fato, Paulo mostra que o que é interior é infinitamente maior em importância do que o exterior, quando se trata dessas coisas vitais que têm a ver com o destino eterno de uma pessoa. Todas as vantagens dadas ao judeu não o protegerão do julgamento – esses privilégios só o tornam mais responsável. A séria conclusão de toda essa acusação contra a raça humana é que os judeus são, na verdade, os mais culpados dessas três classes de homens que Paulo examinou

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