Viver em
Vista de Não Causar Tropeço a Nossos Irmãos
Cap. 14:13-23 – Paulo continua e dar uma terceira coisa que deve regular nossa conduta nessas questões de
exercício pessoal. Devemos andar “conforme
o amor” para com nossos irmãos e, assim, ter cuidado para não fazer nada
que seja “tropeço ou escândalo” em
seu caminho. Paulo, portanto, sugere que, em vez de julgar nosso irmão, devemos
julgar a nós mesmos (julgamento próprio) nesse assunto e renunciar a tomar
liberdades que ofendam um irmão fraco. Já que nada do que é material é “de si mesmo imunda” – mas apenas o é
aquilo que é estimado como tal na consciência de cada um (v. 14) – se sabemos
que algo que permitimos em nossas vidas aflige um de nossos irmãos, o princípio
do “amor” por nosso irmão deve ditar
que devemos renunciar a fazer tal coisa. Devemos fazer isso porque nos é dito: “Não destruas por causa da tua comida
aquele por quem Cristo morreu” (v. 15). “Destruir”, no sentido de que Paulo usa a palavra aqui, não está se
referindo à morte física ou ao juízo eterno. Significa simplesmente destruir a
confiança de um irmão no Senhor, pela qual ele fica confuso quanto ao que é
certo e o que é errado, e se afasta de segui-Lo no caminho de fé. Assim, Paulo
menciona três tipos de julgamento
neste capítulo:
- O julgamento de nossos irmãos de forma crítica (v. 3-4, 10a).
- O justo julgamento do Senhor (vs. 10b-12).
- O julgamento próprio do crente (v. 13).
O amor pensa nos outros e nos fará renunciar aos direitos legítimos
que temos para promover uma feliz comunhão Cristã. A declaração “por quem Cristo morreu” não deve ser
tomada levianamente. Ela aponta para o custo incalculável que Cristo pagou para
salvar aquele irmão. Portanto, precisamos deixar que isso penetre profundamente
em nossos corações e pensemos seriamente sobre o nosso cuidado mútuo. Se, por
outro lado, eu egoisticamente exibir meus direitos Cristãos nesses assuntos,
poderei muito bem causar danos irreparáveis na vida de um irmão fraco. Ostentar
nossa liberdade diante daqueles que são fracos na fé manifesta um espírito
não-Cristão. Estamos realmente deixando ser “censurado o nosso bem” (v. 16). No entanto, não devemos deixar que
o que é bom e correto para nós se torne um objeto de crítica, mal-entendido e
ofensa (v. 16).
Vs. 17-18 – Paulo declara que as coisas importantes na vida Cristã têm
a ver com “o reino de Deus”. Essas
são coisas morais, e não coisas que pertencem a “comida” ou “bebida” –
isto é, coisas naturais externas da religião terrena. Portanto, o que realmente
conta no reino de Deus não são as regras quanto aos alimentos e as observâncias
religiosas de certos dias, mas as coisas concernentes à “justiça, paz e gozo no Espírito Santo”. Portanto, não é o que um
homem come que é importante, mas viver uma vida santa para a glória de Deus. Se
definirmos isso como uma prioridade em nossas vidas e buscarmos o bem de nossos
irmãos, serviremos a Cristo de um modo que seja “agradável a Deus e aprovado pelos homens” (ARA).
Vs. 19-21 – Paulo, portanto, conclui que devemos “perseguir” (JND) “as coisas
que contribuem para a paz e as que são para a edificação mútua” (TB). Já
que a carne não destrói “a obra de Deus”
na alma de uma pessoa, se sabemos de algo que permitimos em nossas vidas que
poderia ofender nossos irmãos, então o princípio em que devemos viver é este: “Bom é não comer carne, nem beber vinho,
nem fazer outras coisas em que teu irmão tropece, ou se escandalize, ou se
enfraqueça”. Isso significa que não devemos atropelar a consciência de um
irmão quando ele não está claro sobre um assunto. Por exemplo, não devemos
convidar para jantar uma pessoa que acabou de se converter do judaísmo ou do
islamismo e servir carne de porco assada.
Vs. 22-23 – O conselho de Paulo, portanto, é que se tivermos “fé” para fazer certas coisas que não
são diretamente proibidas nas Escrituras – mas que são coisas que poderiam
ofender e fazer tropeçar alguém – então, “Tem-na
em ti mesmo diante de Deus”. Isto é, não ostente nossa liberdade, mas faça
essas coisas em particular diante de Deus onde e quando não correremos o risco
de ofender alguém. Paulo acrescenta: “Bem-aventurado
[feliz – KJV] aquele que não se condena a si mesmo
naquilo que aprova”. Em outras palavras, é bom andar no pleno gozo de nossa
liberdade, não estando preso por costumes infundados.
Note que Paulo não nos diz para tentar levar aqueles que não são
claros sobre essas questões além do que sua consciência dita, persuadindo-os a
participar de algo que é duvidoso para eles. Ao ter uma consciência a respeito
de algo “aquele que tem dúvidas, se
come, está condenado” porque “tudo
que não é de fé é pecado”. Ao forçar uma pessoa dessa maneira, poderíamos
levá-la a pecar, e isso poderia dar início a que ela se desvie de Deus. Nós o
ensinamos a ir em frente e violar sua consciência, e uma vez que tenha feito
isso, poderia muito bem continuar a fazê-lo em outros assuntos mais sérios.
Nenhum comentário:
Postar um comentário