quarta-feira, 16 de janeiro de 2019

JUSTIÇA PRÁTICA PARA COM OS COMPANHEIROS CRENTES Capítulo 12:9-12


JUSTIÇA PRÁTICA PARA COM OS COMPANHEIROS CRENTES
Capítulo 12:9-12

A demonstração de justiça prática na vida do crente deve ser vista em suas interações com seus irmãos. Seguem-se quinze pequenos preceitos que devem regular nossas relações uns com os outros dentro da comunidade Cristã. É significativo que o amor esteja colocado em primeiro lugar, pois sua influência e atividade afetam cada uma das coisas que se seguem. Note quantas vezes o sufixo do gerúndio é usado nestes versículos – “preferindo, servindo, regozijando, perseverando, distribuindo, perseguindo, indo” (JND) etc. Isto indica que estas coisas devem ser uma prática contínua em nossas vidas Cristãs.
AMOR SEM FINGIMENTO (v. 9a) – O amor deve permear a comunhão dos santos. É triste dizer que é possível fingir amor e Paulo aqui adverte contra isso. H. Smith aponta que Judas beijou seu Mestre enquanto O traía! Veja também Ezequiel 33:31. Por isso é necessária a exortação de Paulo de que o “amor não seja fingido” (1 Pe 1:22).
ABORRECER O MAL (v. 9b) – Como essa ira pelo mal é mencionada em contraposição ao amar uns aos outros sem fingimento, parece que o aspecto do mal, a que somos exortados a aborrecer aqui, é o espírito de ódio contra nossos irmãos.
APEGAR-SE AO BEM (v. 9c) – Precisamos ter cuidado para apegar-nos às coisas boas e salutares.
AFEIÇOADOS TERNAMENTE UNS AOS OUTROS (v. 10a – TB) – Esta exortação mostra que não deve haver apenas amor divino (ágape) entre os santos (v. 9a), mas também “amor fraternal” (phileo) (2 Pe 1:7). O amor fraternal se expressa afetuosamente e com um sentimento caloroso. Não é esse tipo de amor que a Escritura nos diz para ter em relação aos perdidos. Devemos amar as pessoas do mundo com um amor ágape (1 Ts 3:12), que é um amor baseado em uma disposição estabelecida de cuidado e preocupação com o seu objeto. Isso nos levaria a alcançá-los com o evangelho. No entanto, não nos é dito que amemos os perdidos com amor fraternal (phileo), porque podemos nos envolver emocionalmente em suas vidas e, inadvertidamente, ser atraídos para o estilo de vida deles, pelo que comprometeríamos princípios.
HONRAR UNS AOS OUTROS (v. 10b) – Deveríamos ficar contentes em ver os outros honrados, em vez de desejar a honra para nós mesmos (Fp 2:3).
ZÊLO EM SERVIR AO SENHOR (v. 11) – A versão King James diz: “Não sejais preguiçosos nos negócios”, e isso levou alguns a pensarem que Paulo estava se referindo aos negócios seculares. (A palavra “negócios” na verdade não tem nada a ver com o versículo.) Deve ser traduzido: “Quanto ao zelo diligente, não preguiçoso; em espírito fervoroso, servindo ao Senhor” (JND). Esta é uma exortação para servir ao Senhor com compromisso e energia, porque é possível tornar-se negligente na obra do Senhor. Arquipo é um exemplo disso. Paulo disse: “E dizei a Arquipo: Atenta para o ministério que recebeste no Senhor: para que o cumpras” (Cl 4:17). Jeremias advertiu: “Maldito aquele que fizer a obra do Senhor fraudulentamente [negligentemente – JND] (Jr 48:10).
REGOZIJAR NA ESPERANÇA (v. 12a – ARA) – As próximas três exortações estão particularmente relacionadas com a jornada do deserto do crente. Nossa esperança (uma certeza adiada) da glória vindoura deve estar diante de nós constantemente. Ela nos elevará acima das provações e desânimos dos dias atuais, e nos fará Cristãos regozijadores.
PACIENTE NA TRIBULAÇÃO (v. 12b) – Nossa antecipação da glória vindoura também nos sustentará no caminho da fé e nos capacitará a sermos pacientes nas provações.
PERSEVERANTE NA ORAÇÃO (v. 12c) – As provações e dificuldades do caminho devem nos lançar ao Senhor em dependência. Como a tendência é desistir da oração, a exortação de Paulo é perseverar firmemente nesta função sacerdotal.
GENEROSO (v. 13a) – As próximas duas exortações dizem respeito às necessidades do povo do Senhor. Assim, somos exortados a ser liberais com nossas posses, dando aos necessitados (At 20:34). Esta é uma boa maneira de mostrar às pessoas que realmente nos importamos com elas.
HOSPITALEIRO (v. 13b) – Paulo diz: “dado [segui] a hospitalidade” (JND). A palavra para “dado” em grego pode ser traduzida como “seguir”. Isso significa que devemos procurar ativamente por oportunidades de mostrar hospitalidade a nossos irmãos. Residências pequenas às vezes são usadas como desculpa para não receber visitas em nossas casas, mas isso não deveria nos impedir de fazer esse serviço (Hb 13:2; 1 Pe 4:9).
NÃO AMALDIÇOAR (v. 14) – Temos de suportar a perseguição e retribuir toda a animosidade contra nós, com cortesia e amor (Lc 6:28). Devemos ter cuidado para não amaldiçoar. O Senhor ensinou que em todas essas circunstâncias devemos “oferecer a outra face” e ter cuidado para não amaldiçoar (Mt 5:39).
TER EMPATIA (v. 15) – Deus quer que entremos nas alegrias e tristezas de Seu povo, e sintamos o que eles sentem. Participar de um casamento seria um exemplo de “Alegrai-vos com os que se alegram”. Assistir a um funeral seria um exemplo de “chorar com os que choram”.
IMPARCIALIDADE (v. 16a) – Devemos ter o mesmo respeito por um irmão pobre, como teríamos por uma pessoa rica, distinta socialmente. Devemos estar felizes em “acomodar-se aos humildes”.
HUMILDADE (v. 16b) – Devemos julgar todas as tendências à importância própria. Paulo diz: “não sejais sábios em vós mesmos”. Portar-nos com um ar de importância própria certamente afetará negativamente a comunhão dos Cristãos. A humildade é o segredo da comunhão feliz, mas buscar um lugar alto entre os irmãos desperta a rivalidade que divide os santos.

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