Devemos
Seguir o Exemplo de Cristo em Tudo
Cap. 15:1-7 – Paulo dá uma quarta
coisa que nos ajudará a andar corretamente nessas situações – é seguir o
exemplo de Cristo em Sua vida.
Vs. 1-2 - Ele diz que aqueles que são “fortes” na fé devem “suportar
as fraquezas dos fracos” e, assim, deixar de se agradar em coisas relativas
à comida e bebida, e considerar a “edificação”
dos irmãos, em vez de seus próprios prazeres. Ele coloca diante de nós o mais
elementar princípio Cristão – o bem-estar dos outros antes do nosso! Ele diz: “Portanto cada um de nós agrade ao seu
próximo (nosso irmão no Senhor),
visando o que é bom para edificação” Se “cada um” na comunidade Cristã tivessem essa atitude e disposição,
toda essa questão de ofender e fazer alguém tropeçar com nossas liberdades
seriam resolvidas de uma só vez.
V. 3 – O modelo que ele coloca diante de nós é o próprio Cristo, que “não agradou a Si mesmo”. Se imitarmos
o amor abnegado de Cristo pelos outros, estaremos contentes em renunciar coisas
para agradar ao nosso próximo. O apóstolo João disse: “Nisto conhecemos o amor: que Cristo deu a Sua vida por nós; e devemos
dar nossa vida pelos irmãos” (1 Jo 3:16). A atitude que diz: “Eu tenho o
direito de fazer isso, e vou fazê-lo independentemente do que os outros pensam;
e eles terão que me aceitar do jeito que eu sou” certamente não é semelhante à
de Cristo. O Senhor Jesus era o Único na Terra que realmente tinha o direito de
fazer o que quisesse, e escolheu não agradar a Si mesmo. A lição aqui é que
devemos estar dispostos a nos abster do direito que legitimamente tenhamos a
qualquer liberdade, em vez de arriscar fazer alguém tropeçar. Levar adiante
esse direito é violar o próprio espírito do Cristianismo.
Cristo estava tão comprometido com a honra e a glória de Deus que, se
alguém reprovasse a Deus, Cristo mesmo suportaria a reprovação. Ele poderia
dizer a Deus: “as afrontas dos que Te
afrontam caíram sobre Mim”. Esta é uma citação do Salmo 69:9. Da mesma
forma, se houver alguma fraqueza no entendimento de nosso irmão concernente à
liberdade Cristã, e isso o tem levado a ter restrições infundadas, e, isso trouxer
censura e críticas sobre ele, deveríamos estar dispostos a nos identificar com
ele no assunto, e suportar a consequente reprovação com ele.
V. 4 – Temos também a “paciência
[perseverança – ARA] e consolo [encorajamento – JND] das
Escrituras”, nas quais podemos aprender com as atitudes de santos de outras
épocas cujas vidas manifestaram um cuidado abnegado pelos outros. As Escrituras
a que Paulo se refere aqui são o Velho Testamento; o Novo Testamento ainda não
havia sido escrito. Note que ele não diz que aquelas Escrituras do Velho
Testamento foram escritas “para”
nós, mas sim, “por” (JND) nós – isto
é, por causa do nosso aprendizado.
Isso mostra que a maioria das Escrituras não foram escritas para nós Cristãos, mas toda a Escritura
foi escrita por causa da nossa “instrução” (2 Tm 3:16-17). O Velho
Testamento é escrito para Israel; enquanto as 21 epístolas do Novo Testamento
foram escritas para os Cristãos. É nelas que encontramos a doutrina e a prática
Cristãs. Aqueles que querem juntar Israel e a Igreja em uma única companhia de
crentes (Teologia Reformada do “Pacto”) se opõem a isso. Eles (em seu ensino
equivocado) pensam que Israel é a Igreja no Velho Testamento e que a Igreja é
Israel no Novo – e, portanto, acreditam que toda Escritura é escrita “para” nós. No entanto, não é isso que
Paulo diz aqui. O tipo de aprendizado (“instrução”)
que devemos obter do Velho Testamento tem a ver com princípios morais e
práticos. O resultado é que nos é dada “esperança”
que nos ajuda a seguir no caminho de fé.
Vs. 5-7 – Paulo conclui suas exortações sobre a liberdade Cristã,
lembrando-nos do apoio divino que temos em Deus. Ele diz: “Ora o Deus de paciência [perseverança
– ARA] e consolação [encorajamento – JND] vos conceda o mesmo sentimento uns para
com os outros, segundo Cristo Jesus”. Assim, nós ganhamos “perseverança e encorajamento” das
Escrituras (v. 4), mas também “o Deus de
perseverança e encorajamento” (JND) nos ajuda no caminho (v. 5). E o
objetivo divino em tudo isso é que andemos juntos em unidade prática, tendo “o mesmo sentimento uns para com os outros”.
Ao acrescentar, “segundo Jesus Cristo”,
Paulo está nos dando uma palavra de cautela; essa afinidade é estar de acordo
com o Senhor e ao relacionamento com Ele para o qual fomos chamados. Isto
porque é possível ter um mesmo pensamento de acordo com a carne. Ananias e
Safira são um exemplo disso. Eles tinham o mesmo pensamento em uma coisa má (At
5:1-11).
Seu desejo é que tenhamos um testemunho único diante do mundo,
glorificando a Deus “unânimes e a uma
boca” (TB). Isso é bastante surpreendente; as bocas que antes estavam
cheias de amargura e maldição (cap. 3:14) agora são vistas cheias de ações de
graças e louvor! Se é dada atenção à esta exortação, judeus e gentios salvos
seriam encontrados juntos louvando a Deus com “uma boca”. Que quadro é esse – um triunfo da graça de Deus! Assim,
isso nos leva a um círculo completo de onde Paulo começou no capítulo 14:1, a
saber, que devemos “receber” uns aos
outros. O modelo para nós nisso é Cristo – “como
também Cristo nos recebeu para glória de Deus”.
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