Viver em
Vista do Tribunal de Cristo
Cap. 14:10-12 – Isso leva Paulo a falar de uma segunda coisa que deve governar a forma como nos conduzimos em
questões relativas à nossa consciência. Ele diz: “Mas tu, por que julgas teu irmão? Ou tu, também, por que desprezas teu
irmão? Pois todos havemos de comparecer ante o tribunal de Cristo”. Assim,
devemos abster-nos de julgar ou menosprezar aqueles que não veem as coisas como
nós, porque se aproxima um dia em que nossas vidas serão revistas no tribunal
de Cristo e todos esses exercícios pessoais serão examinados pelo Senhor.
Naquele momento Ele manifestará se eles estavam de acordo com a Sua vontade ou
se eram meramente da carne.
A primeira destas duas perguntas – “por que julgas teu irmão?” – é dirigida ao Cristão fraco cuja tendência é julgar aqueles
que permitem certas coisas que sua consciência não lhe permite fazer. Ele
provavelmente verá as liberdades que seu irmão toma como sendo permissividades
e o condenará por isso. A segunda pergunta – “por que desprezas teu irmão?” – é dirigida ao Cristão forte cuja tendência é rebaixar aqueles
que não têm a luz e a liberdade que ele tem. Paulo lembra a ambos o fato de que
todos nós vamos “comparecer ante o tribunal de Cristo” algum dia e veremos essas
coisas manifestadas. Paulo cita Isaías 45:23 para mostrar (em princípio) que
então “cada um de nós dará conta de si
mesmo a Deus”, pelas coisas que permitimos ou não permitimos em nossas
vidas.
É significativo que cada vez que o tribunal de Cristo é mencionado no
Novo Testamento, ele é visto de um ponto de vista diferente. Quando reunimos
essas referências, aprendemos que o Senhor examinará todos os aspectos de
nossas vidas. O que será revisto são:
- Nossos caminhos em geral (2 Co 5:9-10).
- Nossas palavras (Mt 12:36).
- Nossas obras de serviço (1 Co 3:12-15).
- Nossos pensamentos e motivos (1 Co 4:3-5).
- Nossos exercícios pessoais sobre questões de consciência (Rm 14:10-12).
Assim, está chegando um dia de avaliação quando o Senhor pesará os
“porquês” e os “para quês” de nossas vidas. Esse exame trará à luz a realidade
das coisas que assumimos como exercícios pessoais. Algumas destas coisas podem
se manifestar como sendo carnais, e outras podem provar ser exercícios que eram
verdadeiramente do Senhor. O argumento de Paulo aqui é que devemos deixar essas
coisas até esse dia, porque não temos a imagem completa agora e somos incapazes
de fazer uma avaliação precisa dessas coisas entre nós. Mesmo se o fizéssemos,
não podemos pesar os motivos do coração como o Senhor o fará (1 Sm 2:3).
Portanto, devemos agora parar e desistir de fazer avaliações dos exercícios
pessoais de nossos irmãos – podemos estar errados. Além disso, fazendo
julgamentos desnecessários de nossos irmãos agora, corremos o risco de causar
uma ruptura na comunhão dos santos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário