quarta-feira, 16 de janeiro de 2019

JUSTIÇA PRÁTICA PARA COM AQUELES DE FORA DA COMUNIDADE CRISTÃ


JUSTIÇA PRÁTICA PARA COM AQUELES DE FORA DA COMUNIDADE CRISTÃ

Cap. 12:17-21 – As exortações de Paulo se ampliam na última parte do capítulo, concentrando-se em nossas interações com os que estão fora da profissão Cristã.
V. 17 – Como Cristãos, devemos ter o cuidado em manter um bom testemunho diante dos “que estão de fora” (Mc 4:11; Cl 4:5; 1 Tm 3:7). Isso não é fácil porque o mundo se opõe ao Cristianismo e os do mundo são inclinados a criticar os Cristãos. Visto que a perseguição é inevitável (Jo 15:20; 2 Tm 3:12), o crente sentirá o peso da animosidade do mundo e poderá ser tentado a revidar. Mas Paulo diz: “A ninguém torneis mal por mal”. Se nós revidarmos, certamente ofenderemos de alguma maneira, e o ministério será censurado (2 Co 6:3).
Além disso, devemos ser cuidadosos em nossas questões seculares para que nossos negócios sejam “honestos, perante todos os homens”. Se o mundo encontra uma mancha em nossas roupas” por assim dizer (Ec 9:8) – isto é, algum fracasso ou falha que possam criticar, eles usarão para justificar sua incredulidade.
Vs. 18-21 – Portanto, Paulo diz: “Se for possível, quanto estiver em vós, tende paz com todos os homens”. Isso mostra que devemos prosseguir quietos em nossa vida Cristã. Devemos orar para esse fim – “para que possamos levar uma vida tranquila e pacífica” (1 Tm 2:2). Tanto quanto possível – isto é, sem comprometer princípios – devemos viver em “paz com todos” neste mundo. Se as pessoas do mundo direcionarem sua animosidade contra nós, devemos resistir à tendência de revidar. Naturalmente, gostaríamos de vingar um mal feito a nós, mas o Senhor não nos incumbiu disto. Nosso lugar é manter um espírito Cristão e esperar que o Senhor trabalhe com essa pessoa. Paulo cita o Salmo 94:1 para mostrar que a vingança pertence ao Senhor e, portanto, devemos deixar com Ele as injustiças feitas a nós, que Ele tratará delas em Seu tempo e à Sua maneira.
Em vez de revidar, devemos tentar dispersar a animosidade por meio de atos de bondade. Paulo diz: “se o teu inimigo tiver fome, dá-lhe de comer: se tiver sede, dá-lhe de beber”. Ele diz: “porque, fazendo isto, amontoarás brasas de fogo sobre a sua cabeça”. Essa é uma linguagem figurativa tirada de Provérbios 25:21-22. “Fogo” é símbolo de julgamento – neste caso, julgamento próprio. A “cabeça” é o lugar dos pensamentos da pessoa. Assim, atos repetidos de bondade para com aqueles que não gostam de nós acabarão por atingir seus corações e consciências, e eles mudarão de ideia sobre nós. Isso mostra que o Cristianismo prático vai além da não resistência, à benevolência ativa.
Paulo nos adverte “Não te deixes vencer do mal”, que é nos permitirmos ser afetados por aqueles que nos maltratam e lidar com isso na carne. J. G. Bellett disse: “Se o meu mau humor te puser de mau humor, você foi vencido pelo mal” (Present Testimony, vol. 15, pág. 66; Notes from Meditations on Luke, pág. 42). Em vez disso, Paulo diz: “mas vence o mal com o bem” – com atos de bondade.

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