quinta-feira, 4 de outubro de 2018

Davi


Davi

Cap. 4:6-8 – Nós vemos o mesmo princípio de fé no exemplo de Davi. No seu caso, foi em relação aos seus pecados. Deus disse a ele, por meio do profeta Natã: “Também o Senhor traspassou [fez passar – ATB] o teu pecado” (2 Sm 12:13). Davi creu na Palavra de Deus e passou a escrever o Salmo 32, que Paulo cita: “Bem-aventurados aqueles cujas iniquidades são perdoadas, e cujos pecados são cobertos; Bem-aventurado o homem a quem o Senhor não imputará [considerará – JND] pecado”.
Davi fala de suas “iniquidades” sendo “perdoadas” e “pecados” como sendo “cobertos”. Iniquidades são as más intenções por trás dos atos pecaminosos que cometemos. Assim, é maravilhoso ver que, ao abençoar o pecador que crê, Deus trata de todo o seu caso – desde a concepção de suas más intenções até os seus maus atos. Ele não apenas trata com seus pecados, Ele também perdoa suas más intenções! (Hb 10:17) Como mencionado anteriormente, como a redenção foi agora consumada e o Espírito de Deus foi enviado do céu para habitar no crente, o perdão no Cristianismo vai além do que os santos do Velho Testamento conheceram – o que para eles era algo puramente governamental. Eles viviam com medo de seus pecados serem visitados por Deus em julgamento (Sl 25:7, etc.), mas no Cristianismo, temos uma consciência purificada em conexão com nossos pecados que foram perdoados, algo que eles não tinham (Hb 9:14; 10:2).
Além disso, da perspectiva de Davi, tendo vivido antes da cruz, ele só conhecia sobre pecados sendo cobertos – ou seja, mantido em suspenso por mais um ano, como o Dia da Expiação indica (Lv 16). Hoje, com a obra de Cristo tendo sido consumada, temos uma revelação mais completa por meio do evangelho a respeito do que Deus fez com nossos pecados. Sabemos que nossos pecados foram “perdoados” (Lc 24:47; At 2:38, 5:31, 10:43, 13:38, 26:18; Ef 1:7; Cl 1:14; Hb 9:22, 1 Jo 2:12), “aniquilados [tirados – JND] (Hb 9:26) e “tirados” (1 Jo 3:5). Paulo não está citando este Salmo para mostrar que nossos pecados estão cobertos, mas para nos ensinar o resultado de crer na Palavra de Deus. Ela não apenas nos dá certeza da justificação de alguém, mas também faz do crente uma alma “bem aventurada” (feliz). E isso é tudo resultado de crer na Palavra de Deus. Isto é essencial para a certeza do crente de sua justificação. Ao estabelecer isto, Paulo está construindo o que veremos nos versículos 24-25.
Assim, o Velho Testamento afirma que Deus considera os homens justos pela fé “sem obras”, mas o Novo Testamento mostra como Ele o faz – pela justiça de Deus. É importante entender o significado doutrinal do argumento que Paulo está fazendo aqui. A justiça não é considerada para aqueles que tentam trabalhar por ela – por exemplo, fazendo boas obras, mas para aqueles que creem em Deus.

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