Davi
Cap. 4:6-8 – Nós vemos o mesmo
princípio de fé no exemplo de Davi. No seu caso, foi em relação aos seus
pecados. Deus disse a ele, por meio do profeta Natã: “Também o Senhor traspassou [fez
passar – ATB] o teu pecado” (2
Sm 12:13). Davi creu na Palavra de Deus e passou a escrever o Salmo 32, que
Paulo cita: “Bem-aventurados aqueles
cujas iniquidades são perdoadas, e cujos pecados são cobertos; Bem-aventurado o
homem a quem o Senhor não imputará [considerará
– JND] pecado”.
Davi fala de suas “iniquidades” sendo “perdoadas” e “pecados” como sendo “cobertos”.
Iniquidades são as más intenções por trás dos atos pecaminosos que cometemos.
Assim, é maravilhoso ver que, ao abençoar o pecador que crê, Deus trata de todo
o seu caso – desde a concepção de suas más intenções até os seus maus atos. Ele
não apenas trata com seus pecados, Ele também perdoa suas más intenções! (Hb
10:17) Como mencionado anteriormente, como a redenção foi agora consumada e o
Espírito de Deus foi enviado do céu para habitar no crente, o perdão no
Cristianismo vai além do que os santos do Velho Testamento conheceram – o que
para eles era algo puramente governamental. Eles viviam com medo de seus
pecados serem visitados por Deus em julgamento (Sl 25:7, etc.), mas no
Cristianismo, temos uma consciência
purificada em conexão com nossos pecados que foram perdoados, algo que eles
não tinham (Hb 9:14; 10:2).
Além disso, da perspectiva de Davi,
tendo vivido antes da cruz, ele só conhecia sobre pecados sendo cobertos – ou
seja, mantido em suspenso por mais um ano, como o Dia da Expiação indica (Lv
16). Hoje, com a obra de Cristo tendo sido consumada, temos uma revelação mais
completa por meio do evangelho a respeito do que Deus fez com nossos pecados.
Sabemos que nossos pecados foram “perdoados”
(Lc 24:47; At 2:38, 5:31, 10:43, 13:38, 26:18; Ef 1:7; Cl 1:14; Hb 9:22, 1 Jo
2:12), “aniquilados [tirados – JND]” (Hb 9:26) e “tirados”
(1 Jo 3:5). Paulo não está citando este Salmo para mostrar que nossos pecados
estão cobertos, mas para nos ensinar o resultado de crer na Palavra de Deus. Ela
não apenas nos dá certeza da justificação de alguém, mas também faz do crente
uma alma “bem aventurada” (feliz). E
isso é tudo resultado de crer na Palavra de Deus. Isto é essencial para a certeza
do crente de sua justificação. Ao estabelecer isto, Paulo está construindo o
que veremos nos versículos 24-25.
Assim, o Velho Testamento afirma
que Deus considera os homens justos pela fé “sem obras”, mas o Novo Testamento mostra como Ele o faz – pela justiça de Deus. É importante entender o
significado doutrinal do argumento que Paulo está fazendo aqui. A justiça não é considerada para aqueles que
tentam trabalhar por ela – por exemplo, fazendo boas obras, mas para aqueles
que creem em Deus.
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