quinta-feira, 4 de outubro de 2018

A Justiça da Fé – Não Pelo Guardar da Lei


A Justiça da Fé – Não Pelo Guardar da Lei

Cap. 4:9-12 – Paulo prossegue para falar do rito da circuncisão. Isso tem algum mérito diante de Deus em relação a ser considerado justo? E os gentios incircuncisos podem ser considerados justos sem serem circuncidados? Para responder a isso, Paulo apela a Abraão novamente. Quando ele foi considerado justo? Foi quando ele era incircunciso ou quando foi circuncidado? Ele responde isso afirmando: “Não na circuncisão, mas na incircuncisão”. As escrituras registram que Abraão foi considerado justo quando ainda estava em terreno gentio incircunciso. Ele “recebeu o sinal da circuncisão” em seu corpo como um “selo da justiça da fé que teve” 13 anos antes!  Isso mostra que sua circuncisão não teve nada a ver com ele ser considerado justo por Deus. Abraão é, portanto, uma prova da possibilidade de que “também a justiça lhes [gentios] fosse imputada” (ATB). Assim, os gentios incircuncisos podem ser considerados justos pela fé, assim como os judeus circuncidados o são. Ao estabelecer este ponto, Paulo mostra que Abraão é de fato o “pai de todos os que creem, estando eles também na incircuncisão” (v. 11).
Assim, Paulo deixou claro que Abraão é de fato o “pai da circuncisão, daqueles que não somente são da circuncisão, mas que também andam nas pisadas daquela fé de nosso pai Abraão, que tivera na incircuncisão” (v. 12). Ele, é claro, não está falando da paternidade de Abraão em um sentido literal, mas em um sentido espiritual. Paulo já mostrou no capítulo 2:28-29 que aqueles que são da descendência de Abraão, e têm externamente o “sinal da circuncisão” em seus corpos, são a semente de Abraão (como descendentes), mas se não tiverem a fé de Abraão, eles não são seus filhos (espiritualmente). Por isso, todos (incluindo os gentios) que andam “nas pisadas daquela fé de nosso pai Abraão” o têm como seu pai espiritualmente.
Novamente, é importante não perdermos o ponto doutrinário que está sendo enfatizado aqui. Paulo mostrou que o rito da circuncisão não pode dar à pessoa uma posição justa diante de Deus. Mas o princípio que estabeleceu sobre o rito da circuncisão se aplica a todos os ritos e ordenanças religiosas de qualquer tipo – judaicos ou Cristãos. Seja a circuncisão, o batismo, os sacramentos, os votos de confirmação, etc. – qualquer coisa exterior que possa ser feita em nome da religião – tudo isso não fará merecer que Deus considere uma pessoa justa. O argumento de Paulo é claro e simples – uma pessoa somente é considerada justa pelo princípio da fé.

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