A
Justiça da Fé – Não Pelo
Guardar da Lei
Cap. 4:9-12 – Paulo prossegue para
falar do rito da circuncisão. Isso tem algum mérito diante de Deus em relação a
ser considerado justo? E os gentios incircuncisos podem ser considerados justos
sem serem circuncidados? Para responder a isso, Paulo apela a Abraão novamente.
Quando ele foi considerado justo? Foi quando ele era incircunciso ou quando foi
circuncidado? Ele responde isso afirmando: “Não
na circuncisão, mas na incircuncisão”. As escrituras registram que Abraão
foi considerado justo quando ainda estava em terreno gentio incircunciso. Ele “recebeu o sinal da circuncisão” em seu
corpo como um “selo da justiça da fé que
teve” 13 anos antes! Isso mostra que
sua circuncisão não teve nada a ver com ele ser considerado justo por Deus.
Abraão é, portanto, uma prova da possibilidade de que “também a justiça lhes [gentios] fosse imputada” (ATB). Assim, os gentios incircuncisos podem ser
considerados justos pela fé, assim como os judeus circuncidados o são. Ao
estabelecer este ponto, Paulo mostra que Abraão é de fato o “pai de todos os que creem, estando eles
também na incircuncisão” (v. 11).
Assim, Paulo deixou claro que
Abraão é de fato o “pai da circuncisão,
daqueles que não somente são da circuncisão, mas que também andam nas pisadas
daquela fé de nosso pai Abraão, que tivera na incircuncisão” (v. 12). Ele,
é claro, não está falando da paternidade de Abraão em um sentido literal, mas
em um sentido espiritual. Paulo já mostrou no capítulo 2:28-29 que aqueles que
são da descendência de Abraão, e têm externamente o “sinal da circuncisão” em seus corpos, são a semente de Abraão (como descendentes), mas se não tiverem a fé de
Abraão, eles não são seus filhos
(espiritualmente). Por isso, todos (incluindo os gentios) que andam “nas pisadas daquela fé de nosso pai Abraão”
o têm como seu pai espiritualmente.
Novamente, é importante não
perdermos o ponto doutrinário que está sendo enfatizado aqui. Paulo mostrou que
o rito da circuncisão não pode dar à pessoa uma posição justa diante de Deus.
Mas o princípio que estabeleceu sobre o rito da circuncisão se aplica a todos
os ritos e ordenanças religiosas de qualquer tipo – judaicos ou Cristãos. Seja
a circuncisão, o batismo, os sacramentos, os votos de confirmação, etc. –
qualquer coisa exterior que possa ser feita em nome da religião – tudo isso não
fará merecer que Deus considere uma pessoa justa. O argumento de Paulo é claro
e simples – uma pessoa somente é considerada justa pelo princípio da fé.
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