quinta-feira, 4 de outubro de 2018

A Justiça da Fé – Não Pelo Guardar da Lei


A Justiça da Fé – Não Pelo Guardar da Lei

Cap. 4:13-16 – Paulo passa a falar da Lei. Guardá-la tem algum mérito em Deus considerando justa uma pessoa? Paulo responde a essa pergunta afirmando que “a promessa de que [Abraão] havia de ser herdeiro do mundo” não foi pela lei..., mas pela justiça da fé”. A prova disso é que a Lei não foi dada até cerca de 430 anos depois que Abraão foi considerado justo! A lei, portanto, não tinha nada a ver com isso. (A exata expressão, “o herdeiro do mundo – JND [posteridade], não é encontrada no Velho Testamento, mas a verdade disso está em Gênesis 17:5). Note também, Deus não disse a Abraão: “Eu farei de ti pai da multidão de nações”. Ele disse: “Te tenho posto...”. Assim, Ele declarou isso como um fato concluído e Abraão creu em Deus a esse respeito.
Paulo dá uma prova adicional de que a obediência à lei não poderia ter nada a ver com a bênção de Abraão (e de seus filhos) em ser “o herdeiro do mundo”. Ele afirma que se a bênção pudesse ser herdada com base na obediência à lei, então a “fé” seria “vã” e a “promessa” seria “anulada” (v. 14 – ATB). Isto é, não haveria necessidade de fé, e também ninguém jamais herdaria a promessa, porque ninguém (exceto Cristo) pode guardar a Lei! Sobre aquela base, a bênção prometida a Abraão sobre sua posteridade nunca chegaria para eles; Os filhos de Abraão nunca receberiam a bênção. Além disso, se a bênção decorresse do princípio da obediência à Lei, uma vez que Deus sabia, mesmo antes de ter dado a Lei, que ninguém seria capaz de guardá-la, Ele poderia ser acusado de fazer uma promessa que não precisaria manter! Assim, Ele teria feito uma promessa inútil a Abraão. Isso não pode ser assim, porque coloca o nosso Deus Verdadeiro e Fiel em uma situação desfavorável e questiona o Seu caráter.
Paulo então fala do que a Lei faz quando não é cumprida. Ele diz: “A lei opera a ira” (v. 15). Ou seja, amaldiçoou a pessoa que estava sob suas obrigações, que não cumpriu perfeitamente suas exigências. Ela não poderia abençoar, mas poderia amaldiçoar! Como Paulo havia dito no capítulo 3:20: “porque pela lei vem o conhecimento do pecado”. Seu propósito era fazer com que as pessoas soubessem sem dúvida alguma que são pecadoras. A Lei intensificou o pecado dando-lhe um caráter específico de “transgressão”, tornando os pecados que os homens cometem violações intencionais da Lei. Assim, a Lei só aumentou a culpa de uma pessoa, mostrando aos homens sua verdadeira pecaminosidade.
Paulo conclui: “Portanto [a benção] é [sob o princípio de – JND] pela fé, para que seja segundo a graça” (v. 16). A bênção prometida foi dada sob o princípio da graça soberana, e chegará aos filhos de Abraão pela graça soberana. A bênção prometida originou-se da bondade do coração de Deus e será entregue por Sua graça – o desempenho do homem não tem nada a ver com isso. O sistema legal e o princípio de graça são na verdade totalmente opostos; a graça é pela fé e é uma questão de crer; a obediência à lei é uma questão de fazer.
Paulo, portanto, conclui que Abraão é de fato “o pai de todos nós” (v. 16). Isto é assim, não por causa da Lei, mas por causa da fé – independentemente de uma pessoa ser judia ou gentia.
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Por isso, até agora no capítulo 4, Paulo mostrou que:
  • As obras não são o meio para uma pessoa ser considerada justa diante de Deus (vs. 1-8).
  • Os ritos não são o meio para uma pessoa ser considerada justa diante de Deus (vs. 9-12).
  • A obediência à Lei não é o meio para uma pessoa ser considerada justa diante de Deus (vs. 13-16).


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