quinta-feira, 4 de outubro de 2018

A Aprovação de Deus da Obra Consumada de Cristo – O Fundamento da Certeza do Crente


A Aprovação de Deus da Obra Consumada de Cristo – O Fundamento da Certeza do Crente

Cap. 4:23-25 ​​– Nos últimos três versículos do capítulo 4, Paulo faz uma poderosa aplicação do princípio que estabelecera em Abraão, ao que crê hoje no evangelho. É que: se a fé no que Deus disse deu certeza a Abraão, então a fé no que Deus disse a respeito de Sua aceitação da obra consumada de Cristo na cruz também dará ao crente certeza a respeito de sua justificação! Paulo diz: “Ora não só por causa dele está escrito, que lhe fosse tomado em conta [considerado – JND], mas também por nós, a quem será tomado em conta; os que cremos naquele que dos mortos ressuscitou a Jesus nosso Senhor”[1]. Assim, devemos aprender com o que Deus registrou nas Escrituras a respeito da fé de Abraão e aplicá-lo ao nosso caso em relação ao evangelho. Existe uma diferença; O objeto da fé de Abraão era uma promessa de algo que deveria ser cumprido no futuro, mas o objeto de nossa fé é algo que já foi cumprido. Isto é, Abraão creu que Deus daria vida aos mortos (ao seu corpo e de sua esposa), ao passo que cremos que Deus deu vida dentre os mortos e justificação ao ressuscitar Cristo, o Salvador. O princípio envolvido é o mesmo.
Nossa certeza, portanto, é baseada em conhecimento e . Precisamos conhecer os pensamentos de Deus sobre a obra de Cristo na cruz em conexão com nossos pecados. Então, também precisamos crer no que Deus diz sobre isso – isto é, Seu testemunho a respeito disso. É isso que dá ao crente a certeza de sua justificação. O fundamento da certeza de nossa alma não está em nossa aceitação da obra consumada de Cristo – embora de bom grado a aceitemos – mas na compreensão de que Deus a aceitou! O sacrifício do Senhor Jesus Cristo na cruz foi uma oferta que não foi feita para nós, mas para Deus. Ele “Se ofereceu a Si mesmo imaculado a Deus” (Hb 9:14). Foi o que satisfez as reivindicações da justiça divina contra o pecado. Tudo o que temos de fazer é crer que Deus está bem satisfeito com o pagamento de Cristo pelos nossos pecados. Se ele é suficiente para Deus, deve ser o suficiente para nós.
O Sr. G. Cutting tinha uma ilustração que enfatiza esse ponto. Ele disse que em se tratando de uma dívida qualquer, o credor é o único que tem o direito de escrever “PAGO” na conta. Não teria qualquer valor se o devedor o fizesse, porque ele não tem autoridade para declará-la liquidada. Se o devedor fizesse isso não satisfaria o credor, nem daria paz ao devedor. A certeza do devedor só pode ser em consequência de saber que o credor está satisfeito. Da mesma forma, em relação à dívida de nossos pecados, a única maneira pela qual obteremos a certeza de que ela foi paga é ver que ela foi resolvida com Deus. Temos de ver que Deus está completamente satisfeito com o pagamento que Cristo fez por nós. Assim, a maneira de obtermos certeza no fundo de nossas almas é ver que toda a questão foi resolvida completamente diante de Deus. Este é o remédio de Deus para as almas que têm problemas de dúvida quanto à sua salvação.
Além disso, ao chamar Cristo de “Senhor” (v. 24), Paulo inclui Sua ascensão à glória, pois foi em Sua ascensão que Ele foi feito tanto “Senhor e Cristo” (At 2:36). (O termo “Jesus Cristo, nosso Senhor” é usado dez vezes nesta epístola. Isso se refere à Sua vinda ao mundo para realizar a redenção por meio de Sua morte, Sua ressurreição e Sua ascensão à destra de Deus.) Isso é significativo; dá ao crente uma prova a mais de que seus pecados se foram. Se Cristo estava levando nossos pecados na cruz, mas agora Ele foi recebido de volta ao céu, isso mostra que nossos pecados devem ter desaparecido, porque Deus nunca permitiria que o pecado entrasse em Suas cortes de glória. Que notícia maravilhosa é essa para o crente! Quando vemos Cristo ressuscitado e ascendido, também nos vemos justificados. J. N. Darby disse: “A justificação não foi completada na cruz, a obra pela qual somos justificados foi; mas eu não tenho certeza disso até ver Cristo em ressurreição” (Collected Writings, vol. 21, pág. 196).


[1] N. do T.: J. N. Darby traduz esse versículo como: “Ora, isso não foi escrito a seu respeito apenas de que ela foi considerada a ele, mas a nosso respeito também, aos que cremos naqu’Ele que ressuscitou dentre os mortos, Jesus nosso Senhor”

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