quinta-feira, 4 de outubro de 2018

PAZ COM DEUS (cap. 5:1)


PAZ COM DEUS (cap. 5:1)

Paulo diz: “Sendo pois justificados pela fé, temos paz com Deus”. Esta é uma “paz” externa que existe entre Deus e o crente como resultado dele ser justificado pela fé. É uma condição externa predominante de paz entre duas partes que antes eram separadas. Uma ruptura ocorreu entre Deus e o homem pelo pecado, mas essa barreira foi removida para o crente. Da mesma forma, quando duas nações estão em guerra, não há paz. Mas se a paz é estabelecida entre elas, a guerra acaba; as hostilidades cessam e os adversários são transformados em amigos. Isto é exatamente o que aconteceu com o crente por meio da fé na morte e ressurreição do Senhor Jesus Cristo. Não existe mais uma separação entre nós e Deus; uma condição de paz agora prevalece.
Algumas pessoas pensam que o pecador precisa fazer as pazes com Deus. Eles dirão: “Faça as pazes com Deus”. Mas isso não é o que a Bíblia ensina. Ela nos diz que não podemos fazer as pazes com Deus porque não somos capazes de oferecer o que é necessário para atender às reivindicações da justiça divina. Felizmente, a Bíblia ensina que esta paz já foi feita aos homens pela obra consumada de Cristo na cruz. Colossenses 1:20 afirma que foi “por Ele [Cristo] feito a paz pelo sangue da Sua cruz”. Assim, tudo o que temos de fazer é acreditar no testemunho de Deus sobre esse fato e, sendo justificados, temos “paz com Deus”.
Essa paz é uma realidade objetiva, não um sentimento subjetivo. Não é um sentimento pacífico interior na alma do crente, como alguns Cristãos imaginam. Sentimentos de paz podem ir e vir, dependendo das circunstâncias do crente e do seu estado de alma, mas eles não têm parte em sua justificação e em sua paz com Deus. Paz com Deus é uma condição permanente na qual o crente habita com Deus. É segura e inabalável e é tão perfeita quanto o seu fundamento – a morte e ressurreição de Cristo. Assim, Paulo não está falando do nosso desfrutar de paz aqui, mas sim do fato de que temos paz com Deus. É uma paz que não depende do nosso estado de alma, ou seja, do nosso andar. Não pode ser perdida por nossas deficiências e fracassos no caminho da fé, porque é algo eternamente estabelecido, inseparavelmente conectado à nossa posição diante de Deus. Por isso, não teremos a mais desta paz ao andar em comunhão com o Senhor, nem a teremos a menos quando não andarmos. (Um estado interior de paz e descanso da alma é mencionado no capítulo 8:6 e é resultado do crente conhecer a libertação – mas esse não é o assunto aqui). Essa paz, portanto, pertence a todos os crentes, mesmo que alguns deles tenham sido impedidos de desfrutá-la, porque não descansam pela fé no que Deus disse sobre sua segurança em Cristo. Como resultado, podem ocasionalmente se preocupar com seus pecados. Ed. Dennett disse: “As palavras ‘temos paz’ não significam necessariamente que a desfrutamos; pois, sem dúvida, há muitos justificados diante de Deus que pouco conhecem dessa paz”.

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