sexta-feira, 5 de outubro de 2018

A Diferença Entre Pecados e Pecado


A Diferença Entre Pecados e Pecado

Até este ponto da epístola, Paulo tem falado sobre “pecados” e a libertação de Deus do justo julgamento deles. Mas agora ele muda para falar de “pecado” e da libertação de Deus de seu poder. (H. Smith aponta que a palavra “pecado” aparece apenas duas vezes nos capítulos 1-5:11, mas nesta próxima seção da epístola ocorre não menos do que 34 vezes!) Conhecer a diferença entre esses dois termos é essencial para entender este aspecto da libertação. 
  • “Pecados” (plural) referem-se às más ações que fizemos. O remédio de Deus para os pecados cometidos está na morte de Cristo por nós. Isto é, pela fé no sangue de Cristo, pelo qual somos redimidos (Rm 3:24; Ef 1:7), perdoados (Rm 4:7; Hb 9:22), justificados (Rm 5:9) e reconciliados (Rm 5:11; Cl 1:20-22). (Nota: o sangue de Cristo é mencionado em cada uma dessas referências.)
  • “Pecado” (singular) refere-se à natureza caída no homem (a carne). O remédio de Deus para a atividade do pecado na vida de um crente está em nossa morte com Cristo. Isto é, a aplicação da morte de Cristo pela fé, pela qual somos livrados de estarmos conectados ao pecado (Rm 6:7) e livrados do poder da atividade do pecado pelo Espírito de Deus (Rm 8:2). 

Portanto, “pecados” são ações más e “pecado” é a natureza má. O primeiro é o que fizemos e o segundo é o que somos. Pode-se dizer que “pecados” são manifestações do “pecado”, ou que “pecados” são o produto do “pecado”, ou que “pecados” são frutos de uma árvore má e “pecado” é a raiz dessa árvore má. Lembremo-nos também de que “pecado” é mais do que apenas a velha natureza pecaminosa; é essa natureza má com uma vontade em si mesma, determinada a satisfazer suas concupiscências. Outra diferença entre esses dois termos é que “pecados” podem ser “perdoados” pela graça de Deus (cap. 4:7), mas “pecado” não é perdoado, mas sim, é “condenado” sob o julgamento de Deus (cap. 8:3).
Ao declarar essas distinções entre pecados e pecado, tenhamos em mente que o assunto nesta seção da epístola não é a libertação da presença do pecado em nós, mas a libertação do poder do pecado sobre nós. A libertação da presença do pecado em nós só acontecerá se morrermos ou se o Senhor vier – o Arrebatamento. A grande coisa que aprendemos aqui – que deve vir como boa notícia para todo crente que luta contra a natureza pecaminosa – é que a salvação de Deus anunciada no evangelho não apenas promete libertação do julgamento de nossos pecados, mas também libertação do poder do pecado trabalhando em nossas vidas.

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